Revista de Medicina Desportiva Informa Maio 2013 | Page 23
Figura 7 – Ecocardiograma (apical-4 cam)
de atleta com MAVD, em que é possível
observar aneurisma localizado no apex VD
de imagem de primeira linha na
avaliação morfológica e funcional
do VD, não obstante as dificuldades
relacionadas com a sua localização
retrosternal e geometria complexa.
A avaliação ecocardiográfica
deve ser completa e sistematizada
(incluindo estudo do VE, estruturas valvulares, origem das artérias
coronárias, etc), acompanhada de
avaliação detalhada do VD, nomeadamente das dimensões da câmara
de entrada e de saída, da função
sistólica global e das alterações segmentares do VD (Figura 6).
Quando o estudo ecocardiográfico
suscita dúvidas, a RMC é a técnica
de imagem de eleição pelo elevado
poder de resolução espacial e pela
capacidade de detetar alterações da
estrutura miocárdica. A ventriculografia direita tem sido descrita como
o gold standard na demonstração das
alterações morfológicas da MAVD.
A angioTAC e o mapping eletro-anatómico poderão em situações especiais dar informação complementar
importante.
Os critérios morfológicos/imagiológicos implicam a presença simultânea de alterações da cinética segmentar do VD (acinesia, discinesia e
aneurisma) associados a dilatação
e/ou disfunção (Figuras 7 e 8).
Os critérios definidos pela TFC
2010, particularmente no que se
referem às dimensões e volumes do
VD, não estão adaptados à população desportiva, nem têm em conta
as modificações morfológicas e
funcionais secundárias ao treino
físico. Nas modalidades de endurance as dimensões do VD excedem
também é
Medicina
Desportiva
• Exame médico-desportivo
• Aconselhamento médico
• Avaliação funcional
• Prescrição de exercício
• Traumatologia desportiva
• Reabilitação funcional
• Nutrição desportiva
• Apoio psicológico
Figura 8 – Representação esquemática dos critérios morfológicos de MAVD segundo as
TFC 2010 (adaptado de Marcus F et al Eur. Heart J 2010)
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