Revista de Medicina Desportiva Informa Maio 2012 | Page 24

evidência que o treino de força pode melhorar a função, sem aumentar o tónus ou dor, sendo importante a realização de estudos futuros para investigar a intensidade, a frequência e a especificidade do treino de resistência de forma a melhorar a performance das AVD. utilizado intervenção robótica para o fortalecimento e Patten et al utilizado o treino de tarefas funcionais. Em ambos se observou melhoria na força muscular e funcionalidade, não se observando aumento de espasticidade, nem compromisso músculo-esquelético com o treino realizado. Os estudos de Bohannon (2007), Ada (2006) e Harris et al (2010) foram estudos de revisão sistemática. Analisaram estudos que utilizaram o treino resistido e concluíram que este treino aumenta a força muscular dos doentes, embora não tenha existido concordância de que o ganho de força muscular pudesse gerar efeito sobre aspetos funcionais. Bohannon et al verificaram ganho funcional nas AVD quando se utilizaram os movimentos semelhantes ao treino, mas Ada et al refererem que houve melhoria das atividades, mas com baixo efeito de transição, atribuído ao facto de que o treino muscular se verificou, na maioria dos estudos, em apenas um ou dois grupos musculares e sem grande impacto na melhoria da funcionalidade. Harris observou que existe Conclusão O treino de fortalecimento muscular deve ser incluído no programa de reabilitação dos doentes com AVC, sem existir o risco de aumentar a espasticidade e com grande probabilidade de obter melhoria significativa das funções motoras, nomeadamente na marcha e nas tarefas funcionais dos membros superiores, sobretudo quando o treino é realizado em associação com o treino de membros superiores. Não existe consenso em relação ao tipo de treino a ser utilizado, pelo que seria importante realizar no futuro estudos que permitissem a criação de um protocolo guideline para o tratamento funcional destes doentes. Bibliografia 1. Teixeira-Salmela LF et al. Musculação e condicionamento aeróbio na performance funcional dos hemiplégicos crónicos. Acta Fisiátrica 10 (2): 54-60, 2003. 2. Teixeira-Salmela LF et al. Fortalecimento muscular e condicionamento físico em hemiplégicos. Acta Fisiát