Revista de Medicina Desportiva Informa Julho 2018 | Page 7

de creme ou leite (evitar as formas fluidas extremas, óleos, sprays que emitem quantidade muito fina, residual ou brumas pois frequente- mente não proporcionam quanti- dade suficiente de protetor solar na prática real). Podem ser usadas asso- ciações de filtros químicos (evitando PABA e oxibenzona) e idealmente com associação a écrans minerais. O protetor solar deve ser aplicado idealmente em casa, pelo menos 20 a 30 minutos antes da exposição, idealmente reforçado nos locais de maior sensibilidade na chegada à praia ou piscina, depois de molhar ou sudorese intensa e cerca de 1,5 a 2 horas depois se não houve oportu- nidade de procurar sombra ou vestir roupa adequada. Pode ser necessário o uso de medicação oral anti-hista- mínica, suplementos com substân- cias que aumentam a tolerância da pele à luz, como seja o Polypodium leucotomos, afamelanotide e nico- tinamida e, por vezes, em casos recorrentes, antipalúdicos de síntese (hidroxicloroquina). Em situações de alergia recorrente pode ser neces- sário efetuar fototerapia dessensi- bilizante preventiva. Aconselha-se a exposição lenta, gradual ao Sol, no início ou final do dia para habitua- ção gradual da pele aos UV. Deve evitar-se sempre o uso de perfumes e alguns desinfetantes aquando da exposição solar, assim como evitar a exposição intencional das 11 às 17 horas, sobretudo quando os índices de UV são ≥ 7 (consulte www.ipma. pt e www.apcancrocutaneo.pt). A forma mais frequente de “aler- gia solar” é a designada “erupção solar polimorfa”, quadro clínico que está associado a hipersensibilidade à radiação UV, nomeadamente UVA, que se desenvolve particularmente na pele fina e não exposta diaria- mente, por exemplo, o decote, mem- bros superiores, tronco e inferiores, sendo muito rara na face. Ocorre nas primeiras horas/dias da exposi- ção, sobretudo em ambientes onde os UV são elevados e tipicamente numa pele que não foi habituada progressivamente à luz. A pele fica vermelha, com relevo e muito prurido e essa sensação de queimor pode ocorrer mesmo com o uso de proteção solar naqueles dias de exposição. Estes pacientes requerem preparação da pele, para além do uso de protetores solares elevados (SPF 50+, sob a forma de creme ou leite), o uso frequente de medicação oral a iniciar três semanas das férias e até final das mesmas, onde são usados anti-histamínicos, suplemen- tos com substâncias que aumentam a tolerância da pele à luz, como seja o Polypodium leucotomos e, por vezes, em casos recorrentes antipalúdicos de síntese (hidroxicloroquina). Bibliografia 1. https://www.mayoclinic.org/ diseases-conditions/sun-allergy/ symptoms-causes/syc-20378077 Gozali MV, Zhou BR, Luo D. Update on treatment of photodermatosis. Dermatol Online J, 2016 Feb 17; 22(2). Lim HW, Arellano-Mendoza MI, Stengel F. Current challenges in photoprotection. J Am Acad Der- matol 2017, Mar; 76(3S1):S91-S99 Formação Contínua Ensino a distância b-learning Pós-graduação em Medicina Desportiva 50 ECTS Destinatários Licenciados ou detentores de Mestrado Integrado em Medicina Pós-graduação em Reabilitação em Medicina do Exercício e do Desporto 50 ECTS Destinatários Licenciados em fisioterapia, enfermagem, profissionais de educação física ou outros profissionais de saúde associados ao desporto Formação Contínua Medicina do Futebol Medicina e Reabilitação no Futebol Curso Inicial de Auscultação Cardíaca Curso Básico de Eletrocardiografia Nutrição Clínica na Medicina Geral e Familiar Mais informações medicinadesportiva.med.up.pt geriatria.med.up.pt E: [email protected] T: 22 04 26 922 Revista de Medicina Desportiva informa julho 2018 · 5