Revista de Medicina Desportiva Informa Julho 2018 | Page 14

As OCEC têm sido amplamente usadas desde há poucas décadas como opção de tratamento alterna- tivo para a FP devido à sua natureza não-invasiva, rápido tempo de recuperação e conveniência para as atividades de vida diária dos doentes. 1,10,11 Os mecanismos específicos da OCEC em dor muscu- loesquelética ainda não estão claros, no entanto, múltiplos estudos demonstraram que podem destruir as fibras nervosas não mielinizadas e estimular a neovascularização e a síntese de colágeno em tecidos degenerativos. 1,12 O principal objetivo deste estudo foi avaliar os resultados do tra- tamento com ondas de choque extracorporais em doentes avaliados e tratados em consulta de Medicina Física e de Reabilitação (MFR) com fasciíte plantar crónica, durante o período de 12 meses. Material e Métodos Foi realizado um estudo analítico de dados colhidos prospetivamente durante a consulta de MFR, de doen- tes com FP com mais de seis meses de evolução, tratados com ondas de choque (critérios de inclusão). Foram excluídos doentes que à data da colheita dos dados ainda não tinham terminado o tratamento, aqueles que por algum motivo o interrompe- ram ou cujo processo não continha as variáveis abaixo referidas. Os tratamentos com ondas de cho- que foram realizados sempre pela mesma pessoa (médica fisiatra) com o equipamento Storz Duolith SD1®. Foram utilizadas ondas de choque focais, com doses máximas tole- radas pelos doentes. O número de tratamentos foi decidido individual- mente conforme a progressão indivi- dual de cada doente, com intervalos de 2 a 4 semanas entre eles. As variáveis estudadas foram: idade, género, duração dos sintomas, outros tratamentos realizados pre- viamente, índice de massa corporal (IMC), alterações biomecânicas do