Revista de Medicina Desportiva Informa Julho 2013 | Page 12

Desporto no verão com boa proteção... Prof. Dr. Osvaldo Correia Diretor Clínico de Centro de Dermatologia Epidermis, Porto (www.epidermis.pt) HORAS ADEQUADAS  No início ou final do dia (“sombra aumentada, hora apropriada!”) VESTUÁRIO  Pouco poroso, largo (as cores escuras devem ser opção quando os tecidos são mais porosos)  Design adequado (proteção do decote, pescoço, ombro, braços e coxas) CHAPÉU  De preferência de tipo legionário, no mínimo de grande pala (virada para a frente!) ou, sempre que possível,  de abas largas de modo a que cubra o mais possível a face, as orelhas e o pescoço. ÓCULOS ESCUROS  Com proteção UVB /UVA 100%, grandes e largos PROTETOR SOLAR  Índice de proteção solar ≥ 30  Aplicação cerca de 30 minutos antes do início da exposição  Quanto mais fluido maior o número de camadas ou de reaplicações  Renovar de 1,5 em 1,5 hora ou antes, se molhou ou transpirou bastante  Reforce particularmente nas zonas mais delicadas da face (regiões malares, nariz e lábios) e pescoço MEDICAMENTOS  Muitos medicamentos são fotossensibilizantes (aumentam a sensibilidade da pele ao Sol e favorecem a queimadura solar), o que justifica cuidados redobrados com o Sol. São exemplos a maioria dos anti-inflamatórios não esteroides, alguns antibióticos, antidepressivos, medicamentos cardiovasculares, entre muitos outros. SÍTIOS A VISITAR  http://www.apcancrocutaneo.pt/  www.euromelanoma.org/Portugal  www.ipma.pt (Instituto de Meteorologia)  [email protected] (contacto da APCC) 10 · Julho 2013 www.revdesportiva.pt a pele vai estar exposta, aplicar um fotoprotetor adequado, com índice de proteção nunca inferior a 30 e, preferencialmente, 50+, sobretudo em fototipos baixos. As formulações tópicas que previnem e tratam o fotoenvelhecimento, para além dos referidos foto-protetores, devem combinar princípios ativos, como os retinoides, os alfa-hidroxiácidos, as substâncias anti-oxidantes, os carotenoides, os flavonoides, ubiquinona, a idebenona, a silimarina, o polypodium leucotomos, o madecassosside e alguns minerais, como o selénio, o zinco, o cobre e o manganésio. Todos estes antioxidantes têm ação anti-inflamatória no controle dos radicais livres produzidos pela exposição à RUV. Independentemente da concentração destes princípios ativos é importante esclarecer que eles são extremamente instáveis. As formulações têm que ser estáveis, devem ter capacidade para serem absorvidos pela epiderme na sua forma ativa, chegar ao alvo na concentração eficaz e permanecer o tempo suficiente na pele para ter efeito. Outras substâncias tópicas incluem ainda os péptideos anti-rugas, com efeito tipo toxina botulínica, que tentam limitar a contração muscular, como o matryxil, argirelina e o DMAE (dimetilaminoetanol). Para os antioxidantes sistémicos ainda não estão demonstradas quais as substâncias realmente eficazes e em que concentrações. Os tratamentos complementares mais invasivos incluem os “peelings” químicos, a luz pulsada intensa (IPL), os lasers e a terapêutica fotodinâmica com LED (light emitting diode). Utiliza-se ainda a toxina botulínica (inibição da contração muscular) os “fillers” temporários, principalmente com ácido hialurónico (preenchimento de rugas). Os desportistas, condições de treino e radiação UV Alguns atletas estão expostos a grandes doses de RUV e ao risco acrescido de queimaduras solares devido aos seus horários e condições de treino. Os treinos no Verão ocorrem muitas