Revista de Medicina Desportiva Informa Janeiro 2020 | Page 33
condições hipóxicas, as alterações
foram positivamente correlaciona-
das com as alterações na W’.
Agradecimentos
Os autores agradecem a participação
de todos os atletas envolvidos. Este
trabalho foi financiado pela Fundação
para a Ciência e Tecnologia (SFRH/
BPD/114670/2).
Os autores negam qualquer conflito de
interesses, assim como a originalidade do
texto e a sua não publicação prévia.
Contacto
Ana Sousa
Universidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro – Quinta dos Prados, 5001-801,
Vila – Real, Portugal. Telefone: +00351
259350000; E-mail: [email protected]
Bibliografia
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submaximal exercise performance at altitude.
Aviation Space Environmental Medicine.
1998; 69:793-801.
Restante Bibliografia em:
www.revdesportiva.pt (A Revista Online)
Dr. Marcos
Agostinho
MGF, Pós-
graduação em
MD. Torres
Vedras
Celebrou-
-se o 10º
aniversário
da nossa
Revista.
10 anos! E
em 10 anos o panorama da Medi-
cina Desportiva (MD) em Portugal
alterou-se para uma forma mais
reconhecível. Mais presente. Mais
atual. Vejamos aqui as 10 novas
vidas que nasceram, ou renasce-
ram, em território nacional:
1. Presença ativa no Programa
Nacional para a Promoção de
Atividade Física da Direção-Geral
de Saúde
2. Criação da Unidade de Saúde e
Performance na Federação Portu-
guesa de Futebol
3. Modernização da Sociedade Por-
tuguesa da Medicina Desportiva
(SPMD)
4. Abertura do internato estrutu-
rado pelo Colégio da Medicina
Desportiva da Ordem dos Médicos
5. Presença ativa no corpo editorial do
British Journal of Sports Medicine
e BMJ Open Sport and Exercise
Medicine
6. M
odernização e aumento de oferta
(e procura) na pós-graduação
7. Criação e participação ativa nas
redes sociais: Facebook, Twitter e
WhatsApp
8. Aumento de oferta e participação
em eventos científicos nacionais
e internacionais
9. Envolvência ativa por outras
especialidades médicas, como a
Medicina Geral e Familiar, Cardio-
logia e outras
10. A criação e a evolução da
Revista: formato digital, tra-
dução (inglês), indexação (por
DOI), aumento de investigação e
publicação de matéria científica
e a participação ativa da SPMD.
É de aplaudir e reconhecer, com
grande mérito, os contributos
realizados por todos os envolvidos
nestes avanços. Em apenas 10 anos
a MD em Portugal despoletou de
uma aldeia local para uma aldeia
global, equiparando-se a outros
países fortes, com uma MD mais
reconhecida e longínqua. Se tudo
isto se conseguiu em apenas 10
anos, o que reservarão os próximos
10? Ficaremos atentos às futuras
edições desta nossa revista, tam-
bém internacional, para acompa-
nhar esta evolução.
Association Between Soft Drink
Consumption and Mortality in
10 European Countries
JAMA Intern Med. 2019 Sep 3. doi: 10.1001/
jamainternmed.2019.2478. [Epub ahead of print]
É sabido que o consumo de
bebidas açucaradas ou de refrige-
rantes adoçados artificialmente
é elevado e tem sido associado à
obesidade, especialmente à infan-
til e juvenil. Contudo, este estudo
publicado em setembro vem
documentar uma nova perspe-
tiva: a sua associação com maior
risco de mortalidade por todas as
causas ou causa específica. Este
estudo de coorte, multicêntrico,
realizado em 10 países europeus
(Portugal não incluído), envol-
veu 451743 pessoas (50.8±9.8
anos de idade, 71,1% mulheres),
recrutadas desde 01/01/1992 a
31/12/2000 e integrado no Euro-
pean Prospective Investigation into
Cancer and Nutrition. A análise dos
resultados foi realizada durante
2018. Foram excluídos os doentes
e aqueles com registos inadequa-
dos dos consumos alimentares ou
destas bebidas. Durante o tempo
médio de seguimento (16.4 anos)
houve 41693 mortes e a maior
mortalidade verificou-se naque-
les que consumiam dois ou mais
copos/dia em relação a menos
de um copo/mês. Verificaram-
-se associações positivas entre
o consumo e morte por doenças
circulatórias e por doenças do
aparelho digestivo. Nas conclu-
sões, os autores referem que o
estudo constatou que o consumo
total das bebidas açucaradas
(soft drinks) “esteve positivamente
associado com todas as causas
de morte neste grande estudo
europeu de coorte”, sendo que os
resultados são importantes para a
promoção de campanhas públi-
cas no sentido da limitação da
ingestão deste tipo de bebidas. BR
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