Revista de Medicina Desportiva Informa Janeiro 2020 | Page 31

ventilatório e 50% delta (VO 2 max- -limiar ventilatório)), em ambiente hipóxico. Face ao exposto, é ainda pouco estudado se a cinética de con- sumo do VO 2 (sobretudo a sua cons- tante temporal) é limitada por uma menor disponibilidade de oxigénio, típica dos ambientes hipóxicos. Por representar uma demarcação crucial da estabilidade metabólica, a potência crítica (PC) é considerada um importante limiar de fadiga na fisiologia do exercício. 17 A capacidade de trabalho disponível acima da PC, denominada de constante de curva- tura (W’), representa uma quanti- dade fixa de trabalho que pode ser realizada a uma intensidade > PC antes da exaustão ocorrer. É expec- tável que a hipoxia tenha efeitos prejudiciais sobre a PC, dado que esta é predominantemente com- posta por energia aeróbia e depen- dente de oxigénio. 17 Pelo contrário, o efeito na W’ parece ser indepen- dente da FiO 2 , uma vez que este parâmetro deriva, essencialmente, do metabolismo anaeróbio (PCr, gli- cogênio muscular e uma quantidade mínima das reservas de oxigénio). 18 Não obstante o mencionado ante- riormente, foi recentemente suge- rido que PC e W’ podem não ser totalmente independentes. A zona do domínio de exercício de inten- sidade severa (>PC mas