Revista de Medicina Desportiva Informa Janeiro 2020 | Page 20
menos invasiva, incluindo ortóteses,
fisioterapia, prescrição de anti-
-inflamatórios não-esteroides orais
e injeção local de corticoides. No
entanto, na maioria dos doentes
esta abordagem não é bem suce-
dida e tem mesmo de se avançar
para cirurgia. Independentemente
da articulação afetada, a cirurgia
padrão consiste em resseção cirúr-
gica da barra társica, por vezes com
interposição de tecido adiposo ou
de um tendão para evitar recidivas.
Em casos graves, de longa evolução
e já com significativas alterações
degenerativas associadas, a última
linha de tratamento cirúrgico poderá
ser a realização de uma artrodese
tripla do pé.
Conclusão
As barras társicas são patologias
do desenvolvimento do pé cujas
primeiras manifestações ocorrem
na infância tardia ou adolescência,
sobretudo em doentes fisicamente
ativos. Dado os seus sinais e sinto-
mas serem inespecíficos, a radio-
grafia simples do pé (sobretudo nas
incidências lateral e oblíqua interna)
é muitas vezes diagnóstica. É essen-
cial conhecer os sinais diretos e
indiretos da presença de barras tár-
sicas, para permitir um diagnóstico e
tratamento atempados.
Os autores negam qualquer conflito de
interesses, assim como a originalidade do
texto e a sua não publicação prévia.
Correspondência
[email protected]
Serviço de Radiologia do Centro Hospita-
lar Tondela-Viseu.
Bibliografia
1. Lawrence DA, et al. Tarsal coalitions: radiogra-
phic, CT and MR imaging findings. HSSJ. 2014;
10:153-166.
2. Crim J. Imaging of tarsal coalition. Radiol Clin
N Am. 2008; 46:1017-1026.
3. Crim J, Kjeldsberg K. Radiographic diagnosis
of tarsal coalition. AJR. 2004; 182:232-328.
4. Newman JS, Newberg AH. Congenital tarsal
coalition: multimodality evaluation with
emphasis on CT and MR imaging. Radiogra-
phics. 2000; 20:321-332.
18 janeiro 2020 www.revdesportiva.pt
A newsletter da ESSKA referente
à edição de dezembro de 2019 foi
recentemente publicada. É uma
edição quase exclusivamente
dedicada ao evento realizado em
Madrid, em novembro: Speciality
Days 2019. A quantidade de infor-
mação é enorme, mas maior ainda
é o entusiasmo como o evento é
descrito. Nota-se satisfação pelo
modo como ele decorreu, com
excelentes e muitas intervenções,
mas também pela grande adesão
que teve. A estatística apresentada
revela de facto que foi um sucesso:
· 214 palestrantes
· 123 apresentações
· 5 debates Hot topics
· 238 abstracts
· 132 ePosters
· 800 participantes
· 21 expositores e parceiros.
Os organizadores quiseram lan-
çar o debate profundo em temas
escaldantes e organizaram cinco
Debates Hot topic:
· R
otator cuff repair: pro and cons
of biological augmentation
· S
uture the meniscus? Yes or no?
· Attune TKR – mechanical align-
ment vs anatomical alignment
· Use of internal brace
· S
ubacromial spacer in the treat-
ment of massive and irreparable
rotator cuff tears: scientific fact
or fiction?
O sucesso desta 1ª edição deve-se
a várias personalidades e, entre
nós, deve ser realçado o enorme
empenhamento que o Dr. Henrique
Jones teve na divulgação do evento
e na insistência de uma grande
participação portuguesa. Tal não se
deve apenas às suas responsabili-
dades enquanto chairman da ESMA,
mas encontra razão maior na sua
vontade contínua em fazer avan-
çar a ciência médica e difundi-la
pelos menos, mas também pelos
médicos mais experientes. Mas há
outros médicos portugueses que
devem ser referidos e um deles
não foi esquecido pela ESSKA.
O Dr. Nuno Gomes pertence ao
comité diretivo da ESA (European
Shoulder Associates), tendo sob sua
responsabilidade a Educação. Esta
secção foi a eleita como a secção
da ESSKA com maior produtividade
(foto). Parabéns, Dr. Nuno Gomes.
Outros médicos portugueses
influenciaram positivamente os
trabalhos e os nomes dos Drs. Hél-
der Pereira e A. Pereira de Castro
devem ser mencionados.
Este Specialty Days foi grandioso,
pelo que o evento será replicado
no futuro. O próximo será daqui a
dois anos, em 2021, em Varsóvia, na
Polónia. Será certamente um evento
ainda maior, com maior participa-
ção portuguesa, quer com o número
de participantes, quer como apre-
sentação dos seus trabalhos e das
suas conclusões médico-científicas.
Foram muitas as pessoas, médi-
cos e não médicos, e entidades
que se envolveram e trabalharam
para este sucesso organizativo e
científico, pelo que foi com sentida
gratidão que a ESSKA e os promo-
tores do evento endossaram “Um
ENORME obrigado a todos aqueles
que trabalham tanto para fazer
deste 1º ESSKA Specialty Days tão
grande sucesso”.
Na foto, à direita, o Dr. Nuno Gomes no
momento da celebração (ESA).
O Hierro, o Henrique Jones, o Ricardo e o
Julian com a t-shirt do ESMI, mascote da
ESMA para prevenção de lesões