Revista de Medicina Desportiva Informa Janeiro 2019 | Page 18
adequados durante a infância e ado-
lescência é de extrema importância,
pois a perda acentuada de peso é um
fator de risco para redução da MO.
Em conclusão, sendo a infância
e a adolescência um período crítico
de otimização da saúde óssea do
adulto, torna-se fundamental inter-
vir nos seus determinantes modifi-
cáveis, nomeadamente a adequação
de ingestão de cálcio e vitamina D, a
prática de exercício físico e adoção
de estilos de vida saudáveis neste
grupo etário.
Bibliografia
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4. Abams, Seven A. Calcium requirements in
adolescents. UpToDate. 2018. Disponível em:
http://www.uptodate.com/online>. Acesso
em: 23/10/2018.
Professor Doutor José Neto
Metodólogo de Treino
desportivo; Mestre em
Psicologia Desportiva;
Doutorado em Ciências
do Desporto; Formador de
Treinadores F.P.F./U.E.F.A.;
Docente Universitário
Otimismo… Resiliência e
motivação
Com base no tema para o qual tive
a honra de ser convidado, iniciamos
a reflexão no âmbito do otimismo
com base numa frase de Winston
Churchill (1951-55): “um otimista vê
uma oportunidade em cada calamidade
… um pessimista vê em cada calami-
dade em cada oportunidade“, seguindo
a filosofia do pensamento de Horá-
cio em que “a adversidade tem o
dom de despertar talentos que em
tempos de prosperidade permane-
cem adormecidos”.
Na sequência desta introdução
confrontamo-nos com a temática da
resiliência – essa teimosia saudável,
como capacidade de transformar a
humilhação em glória e exaltação,
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apresentando-se por vezes os
fracassos, as angústias e as crises
como base altamente significativa
para se conseguirem estratégias de
superação. Porque viver é por vezes
a necessidade de transformar a
adversidade em oportunidade, sendo
capaz de transportar na alma as
pegadas da experiência vivida e no
coração o suor das causas para ven-
cer. O sujeito vai à luta e … GANHA!
É evidente que por vezes existem
percalços pelo caminho, mas, como
refere Mandela (2010): “mais impor-
tante do que avaliar como se cai será
refletir na maneira como nos devemos
levantar”, sabendo, porém, que não
há sucesso que perdure, nem fra-
casso que seja eterno.
Por último abordamos de forma
muito simples e singela a questão
da motivação, para se ver ultra-
passado o fardo pesado que a vida
por vezes nos coloca. Dentro desta
ordem de valores, só perante um
máximo compromisso se poderá
obter um bom rendimento, sabendo
que na próxima tarefa tudo poderá
sair bem, tem vontade que chegue
o momento, sente-se forte e con-
vencido, acredita em si próprio e os
outros também acreditam nas suas
capacidades.
Por outro lado, perante um
mínimo compromisso, o rendimento
também se fará sentir e próximo
estará o insucesso e o futuro como
pesadelo, não sabendo sequer se
volta a ser escolhido para realizar
a próxima tarefa, pensando que
qualquer esforço será em vão, tem
medo de falhar, os nervos e angústia
fazem-no sentir cansado e incompe-
tente.
Terminamos com a anotação de
várias estratégias motivacionais. A
título de exemplo, anotamos três:
1. Procurar sempre dar o máximo
desempenho nas funções que lhe
serão requeridas.
2. Conhecer-se a si próprio de forma
inteira, atribuindo importância
aos fatores de sucesso, recomen-
dando a auto-observação e regis-
tando os próprios inventários de
competência.
3. Formular objetivos desafiadores
e progressivos de conquista, em
especial aqueles que forem positi-
vos, porque ajudam a concentrar
naquilo que se pretende atingir e
esquecer o que deve ser evitado.
Em termos de conclusão anota-
mos alguns conselhos, tal como
lutar com determinação e abraçar
a vida com paixão. Se perder, fazê-
-lo com classe; se ganhar, admi-
nistrar a ousadia, porque o Mundo
pertence àqueles que aceitam o
desafio e a vida é muito impor-
tante para se tornar insignificante
Dr. Elton Gonçalves
Nutricionista. Rio Ave F C.
Alimentação e Nutrição na saúde
óssea.
O cálcio é um micronutriente essen-
cial e deverá ser idealmente forne-
cido pela alimentação. É o mineral
mais abundante no organismo
humano (aproximadamente 1000g
em adultos), encontra-se 99% nos
ossos e dentes, e tem naturalmente
um impacto significativo nos pro-
cessos de formação e reabsorção da
massa óssea. O cálcio tem funções
na contração vascular, vasodilata-
ção, função muscular, sinalização
intracelular, sinapses nervosas e
secreção de hormonas, sendo ape-
nas necessário 1% do cálcio corporal
total para desempenhar todas estas
Tabela 1. Fatores alimentares com impacto na absorção de cálcio
Melhora absorção de cálcio Diminui a absorção de cálcio
Adequada ingestão de alimentos fornecedo-
res de cálcio (de notar que sofre interfe-
rência com alimentos ricos em oxalatos e
fitatos) Baixos níveis de vitamina D (e desconhece-
-se a concentração ideal de 25(OH)D que
permite melhor absorção de cálcio)
Níveis adequados de vitamina D (exposição
solar, alimentos ou suplemento alimentar) Elevado consumo de sódio
Suplementos de cálcio são melhor absorvi-
dos quando ingeridos em doses mais baixas
com as refeições. Elevado consumo de álcool