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4. CRACK, UM CAPÍTULO A PARTE
Rápido, intenso, devastador. Surgiu nos bairros pobres de Los Angeles,
Miami e Nova York e em outras grandes cidades americanas, no inicio da década
de 1980 levando seus usuários à dependência quase instantânea e à morte rápida,
tão fascinante quanto o LSD, heroína e outros opióides.
É a forma sólida da cocaína, com altas concentrações de impurezas como
amoníaco, querosene e ácido sulfúrico, fabricado a partir da mistura de pó de
cocaína, carbonato de sódio e água, entre outras coisas, no momento do uso,
quando queimado, produz um barulho característico o qual deu nome à droga.
Durante a queima as pedras liberam uma fumaça gravemente tóxica
(contento aproximadamente 30% de cocaína), produz uma estranha e rápida falsa
felicidade, aumenta a produção de dopamina, produzindo excitação, paz, euforia
desinibição e poder, em apenas 5 a 10 segundos depois de inalada chega ao
cérebro, seu efeito de inicio tão rápido, termina entre 5 e 15 minutos, seguido de um
impulso incontrolável de consumir novamente formando um perigoso ciclo vicioso.
Conforme a citação de Ávila 11 , o crack é capaz de provocar vício em
menos de um mês, geralmente na primeira tragada, e morte um
menos de um ano, porém é quase certo que o uso recorrente
certamente causará dependência já na primeira semana. Nas
primeiras tragadas destrói partes importantes dos pulmões, em até
dois anos ocorre uma fibrose nos alvéolos com importante perda da
capacidade pulmonar, afeta o sistema nervoso central, memória,
coordenação motora, além de emagrecimento acentuado e parada
cardiorrespiratória, assim, o organismo todo ficar debilitado, causa
danos irreparáveis à vida, à família e à sociedade com perda da
identidade.
Pires 12 , ainda cita que os efeitos devastadores do crack causam alteração
imediata da conciência, acompanhada de inquietação psicomotora, hipertensão
arterial e arritmias cardíacas.
Ainda de acordo com Pires 13 , o crack ainda apresenta elevadas propriedades:
analgésica e vasoconstritora, capazes de causar lesão neuronal
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Ávila LC. Crack a pedra da morte. Ed. Cruz azul 2010;
Pires RW. Drogas existe uma saída. Ed. Komedi. 2000, p. 79.
Ibid p. 82