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necessidade ao bem da comunidade no contexto de propostas, inclusive para o crescimento e
desenvolvimento da própria nação brasileira.
Notadamente, faz-se necessário uma revisão periódica, independentemente da tipologia
de programa de curso, mas acima de tudo, deverá contemplar, em especial, na saúde,
possibilidades precisamente pontuais, para o entender a Educação Superior no Brasil como um
fenômeno integrante do modelo de desenvolvimento capitalista e o papel desempenhado pelas
instituições em diferentes momentos históricos auxilia no processo de compreensão do papel das
Instituições de Ensino Superior (IES) e seus objetivos, em diferentes momentos de atuação. A
discussão sobre a democratização do Ensino Superior no Brasil pode ser analisada sob a
perspectiva histórico-crítica, conforme destaca Silva & Sguissard (2001), ao tratar sobre o ensino
universitário privado e as ações de reforma da Educação Superior. Os discursos apresentados
acerca do debate sobre as atividades de ensino, pesquisa e extensão demonstram os interesses
econômicos dos agentes privados, representados por diretores e reitores das instituições
particulares, em transformar a educação em mercadoria, e como a atividade econômica e sua
exploração direcionaram-se para o ensino massificado, no qual a estrutura de crescimento foi
calcada e m professores com baixa qualificação, até meados dos anos 80.
Mesmo em contradição com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e a Constituição Federal,
artigo 207, que trata da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão, o poder de investimento
dos capitalistas, na fase neoliberal, conseguiu ampliar suas bases tendo como apoio o discurso da
democratização, uma vez que o setor público não atendia à demanda de Educação Superior no país.
O processo de reestruturação produtiva, na esfera econômica, proporcionou uma reorganização
empresarial que refletiu em demandas específicas no sentido da formação de profissionais com
conhecimento e formação direcionados para a nova fase de
desenvolvimento capitalista. Com a abertura econômica nos anos 90, efetivada com
( 1 ) LEAL, Teresa Cristina dos Santos. Física, Especialista, Mestre, Doutora e Phd, Professora de Graduação
das Faculdades: FCR, FAP e INSPIRAR na Cidade de Curitiba, no Estado do Paraná.
O OLIVEIRA, Alaércio Aparecido de. Filosofia, Especialista, Mestre e Doutor, Professor de Graduação
nas Faculdades: FACET e INSPIRAR, Professor de Pós-graduação no IBPEX/UNINTER e Diretor-Geral do
CEPROMEC na Cidade de Curitiba, no Estado do Paraná.
a redução de impostos de importação, queda das barreiras alfandegárias e entrada de
investimentos diretos estrangeiros no país, muitas empresas nacionais passaram por um processo
de reeducação dos seus funcionários. Algumas delas, inclusive, detectaram situações de
funcionários não alfabetizados e que não conseguiam fazer operações de cálculo básicas, como
percentuais para implementar os modelos de Qualidade Total, que contemplavam os controles
estatísticos de processos (CEP). Dessa forma, muitas empresas, que resistiram à concorrência de
grandes empresas estrangeiras, passaram a selecionar seus funcionários baseadas em critérios de