Revista Cepromec 1 | Page 154

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5 O ALCOOLISMO
O álcool acompanha o homem desde o inicio dos tempos e com a evolução do processo de destilação e baixa no custo do mesmo, o uso indiscriminado e abusivo desta substancia gerou a dependência química, trazendo consigo complicações no âmbito social e orgânico do indivíduo. A dependência se desenvolve através do tempo, sendo no inicio o indivíduo tem flexibilidade quanto ao horário, dose e tipo de bebida. Na evolução desde vicio a frequência e a quantidade aumentam, até que o sujeito não tem mais controle, pois há uma compulsão no ato de beber que cessa somente consumindo a bebida alcóolica. Para este indivíduo a prioridade da bebida toma o lugar da família, saúde e trabalho. 8
No âmbito do trabalho, Santos 9 afirma o interesse de empresas em desenvolverem programas específicos para os dependentes químicos, uma vez que o absenteísmo, acidentes, quedas de produtividade, entre outros são causas de inúmeros atestados médico ligados ao consumo de álcool. Pelo menos 5 % total dos funcionários de qualquer empresa brasileira tem alguma dependência química, com uma queda de produtividade de 25 %. Esse dado só reforça o interesse das empresas em criar programas de prevenção e assistencial aos trabalhadores que forem diagnosticados com tal patologia.
5.1 O Alcoolismo e a Construção Civil
De acordo com a OIT o setor da construção civil é um dos setores que mais apresenta problemas com a saúde e segurança no trabalho. Isso devido à baixa instrução / escolaridade dos funcionários, a informalidade e subcontratação nesta cadeia produtiva, a tecnologia pouco avançada neste setor, questões socioeconômicas e culturais, degradantes condições de trabalho no canteiro de obras, entre outros. A OIT ainda destaca que“ as estatísticas indicam que o setor possui uma média de acidentes fatais- 0,25 por mil trabalhadores- superior à média internacional, estimada em 0,20 mortes por mil empregados.” Além dos casos de afastamento por acidentes responsáveis por mais de 110 mil dias de trabalho desperdiçados por ano. 9293
MAGALHÃES, F E. e COIADO C R P Assistência de Enfermagem ao Paciente Etilista: uma análise dos últimos 8 anos Revista Ciência e Saúde. 2007. Volume 25, n ° 2. Disponível em: < http:// www. unip. br / comunicacao / publicacoes / ics / edicoes / 2007 / 02 _ abrJun / V25 _ N2 _ 2007 _ p113-