HR:
aumento e mais ritmo de jogo
Ao contrário do que nosso senso comum poderia imaginar, o aumento grande de home runs não induz a um crescimento ofensivo em geral das equipes, ou pelo menos nem de longe na mesma proporção.
Se estamos acompanhando a temporada com maior número e média de home runs da história, a média de corridas anotadas por jogo é apenas a 35ª desde 1900 na MLB. Isso significa que há uma proporção bem maior de home runs na produção total de corrida, ou seja, é como se os HRs estivessem substituindo outras rebatidas (simples, dupla, tripla ou walk) no total de corridas que são impulsionadas por jogo. Os arremessadores podem estar cedendo mais HRs.
Muito dessa aparente contradição pode ser explicada por um aumento de strikeouts que vem acompanhando o crescimento de HRs nos últimos anos. Como já foi mencionado anteriormente, não é apenas nos rebatedores que se busca mais potência, mas também nos arremessadores, o que tem levado também ao aumento de strikeouts. Somando, é provável que veremos aproximadamente 4.500 home runs e strikeouts a mais que em 2014, apenas três anos atrás.
E é este um dos pontos dessa questão, o aumento de home runs e strikeouts leva a ter menos bolas em jogo - em outras palavras, menos ação. Somando os home runs, strikeouts e walks há uma média de 25.5 at-bats por jogo em que não há qualquer ação defensiva. Isto representa um crescimento de 11% nos últimos três anos e 48% em relação a 1980. Estamos presenciando a um crescente ritmo na produção de strikeouts (que vem crescendo em ritmo recorde pelo décimo ano seguido), walks (maior número em oito anos) e home runs (recorde histórico geral).
Será que, com tanta ênfase para os home runs, ainda há espaço para a técnica do bunt?