Revista Aquaculture Ed 16 16-ed-revista-ab-aquaculture-brasil-issu | Page 12

As macrófitas aquáticas apresentam grande poten- cial na descontaminação de ambientes poluídos. Como o efluente da aquicultura é rico em fósforo, portanto não sendo um dos fatores limitantes ao seu crescimen- to, e estas ainda podem ser utilizadas como alimento para peixes herbívoros. A escolha da macrófita é um fator determinante para se alcançar os níveis de fósfo- ro desejados. Quanto maior a produtividade da plan- ta, maior a sua capacidade de remover poluentes das águas residuárias. Quanto maior a produtividade da planta, maior a sua capacidade de remover poluentes das águas residuárias. A Ludwigia helminthorrhiza (Figura 1 a), uma macró- fita pertencente à família Onagraceae, é comumente encontrada em rios, lagos, águas calmas e efluentes de algumas atividades. Ocorre em regiões de clima tro- pical, principalmente na América Latina e em biomas como Amazônia, Caatinga e Pantanal. Normalmente é encontrada fixa com caules flutuantes ou flutuante livre emersa (Demarchi et al., 2018). Caracterizada como macrófita aquática flutuante (Esteves, 1988), a Lemna sp. (Figura 1 b) é popular- mente conhecida como “lentilha d’água”, “erva-de-pa- to” ou somente “lemna”. Tem sido estudada para várias finalidades, como sua capacidade para acumular metais pesados da água (Pio et al., 2013). A Azolla sp. (Figura 1 c), é uma Pteridófita aquáti- ca de pequeno porte, apresenta-se como um recurso verde de grande potencial para campos inundados. A planta tem ampla distribuição geográfica e se desenvol- ve bem em ambientes poluídos, quando comparado com outras espécies vegetais (Singh, 1995). O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho das macrófitas Ludwigia helminthorrhiza, Lemna sp. e Azolla sp., na remoção do fósforo reativo de efluente de aquicultura. 12 Figura 1. Macrófitas aquáticas: a) Ludwigia helminthorrhiza; b)Lemna sp.; c) Azolla sp. © Renato Teixeira A. B. C.