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As macrófitas aquáticas apresentam grande poten-
cial na descontaminação de ambientes poluídos. Como
o efluente da aquicultura é rico em fósforo, portanto
não sendo um dos fatores limitantes ao seu crescimen-
to, e estas ainda podem ser utilizadas como alimento
para peixes herbívoros. A escolha da macrófita é um
fator determinante para se alcançar os níveis de fósfo-
ro desejados. Quanto maior a produtividade da plan-
ta, maior a sua capacidade de remover poluentes das
águas residuárias.
Quanto maior a
produtividade da planta,
maior a sua capacidade
de remover poluentes das
águas residuárias.
A Ludwigia helminthorrhiza (Figura 1 a), uma macró-
fita pertencente à família Onagraceae, é comumente
encontrada em rios, lagos, águas calmas e efluentes de
algumas atividades. Ocorre em regiões de clima tro-
pical, principalmente na América Latina e em biomas
como Amazônia, Caatinga e Pantanal. Normalmente é
encontrada fixa com caules flutuantes ou flutuante livre
emersa (Demarchi et al., 2018).
Caracterizada como macrófita aquática flutuante
(Esteves, 1988), a Lemna sp. (Figura 1 b) é popular-
mente conhecida como “lentilha d’água”, “erva-de-pa-
to” ou somente “lemna”. Tem sido estudada para várias
finalidades, como sua capacidade para acumular metais
pesados da água (Pio et al., 2013).
A Azolla sp. (Figura 1 c), é uma Pteridófita aquáti-
ca de pequeno porte, apresenta-se como um recurso
verde de grande potencial para campos inundados. A
planta tem ampla distribuição geográfica e se desenvol-
ve bem em ambientes poluídos, quando comparado
com outras espécies vegetais (Singh, 1995).
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o
desempenho das macrófitas Ludwigia helminthorrhiza,
Lemna sp. e Azolla sp., na remoção do fósforo reativo
de efluente de aquicultura.
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Figura 1. Macrófitas aquáticas: a) Ludwigia helminthorrhiza;
b)Lemna sp.; c) Azolla sp. © Renato Teixeira
A.
B.
C.