Revista Amooreno Edição 00 - jan/2018 | Page 51

Em tempo real, sem tocar num único batom, o rosto vai aparecendo pintado e adaptando­se aos traços de quem aparece à frente do espelho. Até é possível rodar a cabeça, aproximar e afastar, fechar um olho e deixar o outro aberto para ver melhor a sombra. E este é só um exemplo do que pode acontecer quando a evolução das máquinas se coloca a serviço das marcas e dos produtos. Um espelho de maquiagem, da Charlotte Tilbury. Impressora 3D da Kniterate A gora, imagina você saindo de casa e ver que lá fora está frio. Então, você entra dentro de casa e imprime um suéter para vestir. Essa é uma proposta da Kniterate, uma impressora de malha 3D que é a mais recente proposta da tecnologia em roupa e que dá um novo sentido à arte de fazer tricô. O projeto ainda está em fase de crowdfunding, mas a ideia é que seja assim tão simples: propor um design digital, apertar um botão e tirar o suéter da impressora. Ser for uma peça simples, como um cachecol, já sai completamente pronto. Uma peça mais complexa sai parte a parte e depois é só juntar. Essa máquina somente estará disponível em abril de 2018 e custará entre 4.000 e 7.500 dólares. Até a Benetton já faz tricô com máquinas especiais do Japão. Com uma técnica semelhante da impressão, onde é introduzido um longo fio na máquina e que se transforma em um pulôver sem costuras. A marca Invisible Shoes já está fazendo sapatos a partir de modelos impressos em 3D em partes, para depois serem montados para o uso. É um bom indicador de como cada vez mais, a tecnologia vai interferir na moda. Num mundo em que tudo ao redor é inteligente, a questão começa a surgir. E não apenas sobre as peças de roupas que saibam de fato fazer coisas, mas também em relação às tecnologias de produção e, até, a um nível mais profundo, a ciência das fibras, com resultados diretos na matéria­prima, numa fase anterior à confecção. JANEIRO 201 8 - AMOORENO - 51