Em tempo real, sem tocar num único batom, o
rosto vai aparecendo pintado e adaptandose
aos traços de quem aparece à frente do
espelho. Até é possível rodar a cabeça,
aproximar e afastar, fechar um olho e deixar o
outro aberto para ver melhor a sombra. E este
é só um exemplo do que pode acontecer
quando a evolução das máquinas se coloca a
serviço das marcas e dos produtos.
Um espelho de maquiagem, da Charlotte Tilbury.
Impressora 3D da Kniterate
A
gora, imagina você saindo de casa e ver
que lá fora está frio. Então, você entra dentro de
casa e imprime um suéter para vestir. Essa é
uma proposta da Kniterate, uma impressora de
malha 3D que é a mais recente proposta da
tecnologia em roupa e que dá um novo sentido
à arte de fazer tricô. O projeto ainda está em
fase de crowdfunding, mas a ideia é que seja
assim tão simples: propor um design digital,
apertar um botão e tirar o suéter da impressora.
Ser for uma peça simples, como um cachecol, já
sai completamente pronto. Uma peça mais complexa
sai parte a parte e depois é só juntar. Essa máquina
somente estará disponível em abril de 2018 e custará
entre 4.000 e 7.500 dólares. Até a Benetton já faz
tricô com máquinas especiais do Japão. Com uma
técnica semelhante da impressão, onde é introduzido
um longo fio na máquina e que se transforma em um
pulôver sem costuras. A marca Invisible Shoes já está
fazendo sapatos a partir de modelos impressos em 3D
em partes, para depois serem montados para o uso.
É um bom indicador de como cada vez mais, a
tecnologia vai interferir na moda. Num mundo em que
tudo ao redor é inteligente, a questão começa a surgir.
E não apenas sobre as peças de roupas que saibam de
fato fazer coisas, mas também em relação às
tecnologias de produção e, até, a um nível mais
profundo, a ciência das fibras, com resultados diretos
na matériaprima, numa fase anterior à confecção.
JANEIRO 201 8 - AMOORENO - 51