Renda Frivolité.
O nome e a origem (provável) são franceses, mas,
no Brasil esta renda também é chamada de
Espiguilha, Pontilha ou Rendilha. O frivolité é
inteiramente feito com os dedos e as mãos, sem
utilização de apoios, como almofadas, ou moldes
como base. Pode-se utilizar agulha de costura, de
crochê ou uma pequena navete onde se enrola a
linha. A rendeira segura o fio entre os dedos e
movimenta a agulha ou a navete (espécie de
lançadeira específica para construção da renda
frivolité, podendo ser de plástico, metal ou material
reciclado), fazendo volteios e laçadas que vão
formando arcos chamados picos, com desenhos
delicadamente trabalhados. Atualmente no Brasil,
esta técnica de renda é encontrada em São Paulo,
no Paraná e no Piauí, podendo ocorrer também em
outros pontos do país.
Renda Irlandesa.
Tem este nome porque teria sido trazida por freiras
irlandesas, mas sua origem, provavelmente, é
italiana. O principal núcleo de produção no Brasil é a
cidade de Divina Pastora, em Sergipe, cuja renda foi
declarada Patrimônio Cultural do Brasil pelo IPHAN
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional), em 2009. Caracteriza-se pelo uso de um
fitilho ou lace (espécie de fita industrial) como
suporte, preso ao molde de papel onde se traçou o
desenho. Na cidade sergipana de Santa Rosa de
Lima, um grupo de artesãs utiliza fibra de bananeira
como matéria-prima para fazer renda irlandesa.
MAIO 2019 - REVISTA AMOORENO - 33