Revista Amooreno EDIÇÃO 16 - MAI19 | страница 33

Renda Frivolité. O nome e a origem (provável) são franceses, mas, no Brasil esta renda também é chamada de Espiguilha, Pontilha ou Rendilha. O frivolité é inteiramente feito com os dedos e as mãos, sem utilização de apoios, como almofadas, ou moldes como base. Pode-se utilizar agulha de costura, de crochê ou uma pequena navete onde se enrola a linha. A rendeira segura o fio entre os dedos e movimenta a agulha ou a navete (espécie de lançadeira específica para construção da renda frivolité, podendo ser de plástico, metal ou material reciclado), fazendo volteios e laçadas que vão formando arcos chamados picos, com desenhos delicadamente trabalhados. Atualmente no Brasil, esta técnica de renda é encontrada em São Paulo, no Paraná e no Piauí, podendo ocorrer também em outros pontos do país. Renda Irlandesa. Tem este nome porque teria sido trazida por freiras irlandesas, mas sua origem, provavelmente, é italiana. O principal núcleo de produção no Brasil é a cidade de Divina Pastora, em Sergipe, cuja renda foi declarada Patrimônio Cultural do Brasil pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em 2009. Caracteriza-se pelo uso de um fitilho ou lace (espécie de fita industrial) como suporte, preso ao molde de papel onde se traçou o desenho. Na cidade sergipana de Santa Rosa de Lima, um grupo de artesãs utiliza fibra de bananeira como matéria-prima para fazer renda irlandesa. MAIO 2019 - REVISTA AMOORENO - 33