Revista Amooreno EDIÇÃO 16 - MAI19 | Page 32

MAIS BRASILIDADE NA MODA BRASILEIRA O Universo das Rendas Renda de Bilro. De origem europeia, praticada em reigões litorâneas e insulares de Portugal, esta técnica de renda foi trazida para o Brasil por colonizadores e se espalhou pelo país. As rendeiras usam uma almofada sobre a qual colocam um papel grosso, chamado pique, e o perfuram com alfinetes ou espinhos, de modo a compor o desenho da renda. Na ponta de cada fio de linha colocado sobre a almofada, há um bilro ou peso. O bilro é uma pequena peça de madeira torneada, podendo também ser confeccionada com outros materiais. Para formar o desenho da renda, as rendeiras movimentam ou “trocam” rapidamente os bilros, de modo a entrelaçar os fios. No Brasil, a renda de bilro é praticada em Santa Catarina e em Estados da região Nordeste, principalmente no Ceará, na Bahia e no Piauí. Renda Filé. Suas origens remontam ao antigo Egito e à Pérsia. É muito praticada em Portugal, de onde veio para o Brasil. Lá, é considerada um bordado, por ser tecida com agulha e linha sobre uma base preparada previamente pela própria rendeira. Essa base é chamada de malha, a qual parece uma rede de pescar e é presa a um bastidor, de modo a ficar bem esticada durante a produção da renda. Para fazer a malha, as rendeiras usam uma agulha parecida com a que os pescadores utilizam ao confeccionar suas redes. Costuma-se dizer que onde há pesca, se faz filé. Os Estados de Alagoas e do Ceará são os principais locais de produção desta técnica de renda no Brasil. 32 - REVISTA AMOORENO - MAIO 2019