Fábrica Bhering
De uma fantástica fábrica de chocolates a polo de produção de cultura e arte, a Fábrica Bhering foi recentemente
tombada pelo IRPH – Instituto Rio Patrimônio da Humanidade. Instalada desde os anos de 1 930 no bairro da
Gamboa, na zona portuária carioca, viu seu apogeu e declínio ao longo das décadas, até que, a partir de 201 0, foi
ocupada por artistas de variadas vertentes, formando uma rede onde a colaboração é a alma do negócio. A fábrica,
que já foi uma das maiores do país, especialmente pela produção e exportação de café, e por ícones populares,
como as balas toffee e Boneco, também atrai por sua arquitetura diferenciada.
O amplo projeto guarda curiosidades, como o fato de toda estrutura metálica que sustenta a edificação, bem como
as máquinas de última geração àquela época, terem vindo de navio desde Hamburgo, na Alemanha, após a
compra dos ativos de uma indústria de chocolates que havia fechado as portas. Hoje, o maquinário está em
exposição permanente, formando um tour do Museu do Chocolate.
Com uma área construída de mais de 1 5 mil metros quadrados, há cerca de 80 ateliês de arte funcionando a pleno
vapor. Há ceramistas, designers, produtores, artistas plásticos, livreiros, gastrônomos, artesãos, fotógrafos, lojistas,
trapiches de móveis e até uma pequena fábrica de cerveja artesanal.
Com esquemas de visitação que variam das portas abertas ao agendamento prévio, é possível chegar á Rua
Orestes 28 e seguir por um passeio completo pelos cinco andares da Bhering. Mensalmente, acontece o Circuito
Interno Bhering, evento que une arte, música e gastronomia para que o público conheça a fundo a dinâmica dessa
grande fábrica de arte e cultura.
AGOSTO 2018 - REVISTA AMOORENO - 13