Revista Amooreno Edicao 07 - AGO2018 | Page 13

Fábrica Bhering De uma fantástica fábrica de chocolates a polo de produção de cultura e arte, a Fábrica Bhering foi recentemente tombada pelo IRPH – Instituto Rio Patrimônio da Humanidade. Instalada desde os anos de 1 930 no bairro da Gamboa, na zona portuária carioca, viu seu apogeu e declínio ao longo das décadas, até que, a partir de 201 0, foi ocupada por artistas de variadas vertentes, formando uma rede onde a colaboração é a alma do negócio. A fábrica, que já foi uma das maiores do país, especialmente pela produção e exportação de café, e por ícones populares, como as balas toffee e Boneco, também atrai por sua arquitetura diferenciada. O amplo projeto guarda curiosidades, como o fato de toda estrutura metálica que sustenta a edificação, bem como as máquinas de última geração àquela época, terem vindo de navio desde Hamburgo, na Alemanha, após a compra dos ativos de uma indústria de chocolates que havia fechado as portas. Hoje, o maquinário está em exposição permanente, formando um tour do Museu do Chocolate. Com uma área construída de mais de 1 5 mil metros quadrados, há cerca de 80 ateliês de arte funcionando a pleno vapor. Há ceramistas, designers, produtores, artistas plásticos, livreiros, gastrônomos, artesãos, fotógrafos, lojistas, trapiches de móveis e até uma pequena fábrica de cerveja artesanal. Com esquemas de visitação que variam das portas abertas ao agendamento prévio, é possível chegar á Rua Orestes 28 e seguir por um passeio completo pelos cinco andares da Bhering. Mensalmente, acontece o Circuito Interno Bhering, evento que une arte, música e gastronomia para que o público conheça a fundo a dinâmica dessa grande fábrica de arte e cultura. AGOSTO 2018 - REVISTA AMOORENO - 13