LITERATURA
A DONA DA ARTE QUE
NINGUÉM VIA
Thatá Alves é a voz forte por trás do sarau “Da Ponte Pra Cá”: a escri-
tora feminista leva arte underground para os moradores do Campo Limpo
Reportagem por Gabriela Sartorato
Design por Miwa Kashiwagi
T
oda primeira segunda-feira do mês, às 19h,
moradores do Capão Redondo e Campo Limpo,
depois de mais um expediente, se reúnem em
uma praça. Longe de policiamento, as noites são
animadas pela alegria de um sarau que conta com
a participação de membros fiéis e curiosos que
param para pegar alguns dos livros oferecidos de
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graça, e acabam ficando: o microfone está sempre
aberto. Este é o sarau organizado pela escritora
feminista Thatá Alves, o chamado Da Ponte Pra Cá.
Sim, um sarau periférico. Nosso país está re-
pleto de movimentos culturais alternativos. Ainda
que estes não estejam marcando presença nas pá-
ginas dos grandes veículos de comunicação, eles