abrevis em revista
grande contingente de profissionais habilitados a
usar armas, que nos diversos recantos do País contribui com sua presença efetiva para garantir maior
segurança da população, complementando no espaço privado o trabalho realizado pelas forças de
segurança pública.
Paulo Lacerda, Diretor Executivo da ABREVIS
universo profissional ao segmento da segurança
privada.
Espero trazer para esta entidade a minha experiência da área pública, como ex-policial e ex-dirigente, pois entendo que o setor público e o setor
privado de segurança devem atuar mais próximos,
de forma harmônica, na qual a atividade privada
seja reconhecida por todos como força de trabalho
complementar e indispensável para a segurança
da sociedade brasileira.
Abrevis em Revista - Qual sua opinião
sobre a importância da segurança privada
para o País?
Paulo Lacerda - Face aos interesses nacionais, a segurança privada impõe uma abordagem
ampla em torno da sua importância para o Brasil. Do ponto de vista econômico e social trata-se
de atividade que representou no ano de 2010 a
existência de 2.686 empresas autorizadas a funcionar pelo Departamento de Polícia Federal, as
quais mantinham contratados naquele momento
509.486 vigilantes regulares, ou seja é um setor
com expressiva absorção de mão-de-obra especializada. A outra questão, que também decorre
destes números, diz respeito ao trabalho deste
ABREVIS em revista
|5| maio/junho 2011
Abrevis em Revista - Quais os benefícios
que os associados da ABREVIS terão pela
profissionalização da entidade?
Paulo Lacerda - A profissionalização de uma entidade de classe pressupõe não somente boas práticas de gestão, como as que a ABREVIS já realiza há
vários anos. Exige também envolvimento, iniciativa, engajamento profissional de todos os associados numa perspectiva de trabalho coletivo. Ainda
que a maioria das empresas vinculadas à ABREVIS
desenvolva individualmente uma gestão qualificada nas suas atividades e com isto porventura atinja
resultados satisfatórios, nem sempre a sua boa imagem isolada poderá transmitir a elevação do conceito da segurança privada como um todo. Penso
que este segmento só terá benefícios concretos em
termos de respeitabilidade social e de solidez profissional na medida em que a ABREVIS consiga visualizar o seu importante papel e defina a excelência
dos serviços como o padrão que identifique coletivamente o setor. Isto porque o órgão regulador da
atividade - CGCSP/DPF - ao exercer as suas relevantes atribuições de fiscalização e controle não tem
por si só o condão de propiciar o aperfeiçoamento
institucional das atividades de segurança privada.
Abrevis em Revista - Quais as perspectivas para segurança privada em médio
prazo?
Paulo Lacerda - Nos dias de hoje, em todo o
mundo, a segurança privada vem tendo s ubstancial crescimento, em sintonia cada vez maior com
as forças públicas dos países, e no Brasil não será
diferente. Naquilo que não diga respeito à proteção da população brasileira nas áreas públicas,
atribuição específica dos órgãos policiais, resulta
naturalmente o espaço para atuação da segurança
privada. E irá servir de exemplo nos próximos anos
os grandes eventos esportivos que o Brasil sediará,
como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Estes dois maiores acontecimentos
desportivos em nível mundial, creio que represen-