Para se ter uma ideia do custo desse processo, basta ver a tabela de emolumentos da ANAC – o código 4269 apresenta um exemplo do emolumento pago pelo fabricante pelo processo de certificação de uma aeronave (neste caso, de R$ 7.720.743,94).
Após investir esses recursos no desenvolvimento do projeto, a empresa interessada deverá ter seu sistema de controle e garantia da qualidade auditados e aprovados pela autoridade aeronáutica, para ser autorizada a “montar” a aeronave.
Podemos fazer uma analogia com as montadoras de carros japonesas que se instalaram no Brasil. De fato, esse controle de fabricação é mais comum do que se imagina. Se não fosse assim, teríamos projetos complexos de Arquitetura (museus, por exemplo), sendo construídos por pedreiros de final de semana, sem qualquer supervisão.
Assim, após o término da fabricação da aeronave, o departamento de Qualidade do Fabricante declara que a aeronave está de acordo com (ou “conforme”) o Projeto de Tipo aprovado. É emitido, então, o Certificado de Aeronavegabilidade da aeronave.
E como manter esse status de “aeronavegável”? Conheceremos sobre Manutenção na próxima coluna!
Emerson Schmidt - Engenheiro Aeronáutico
Emerson Schmidt é Eng Aeronáutico. Já inspecionou aeronaves de praticamente todos os fabricantes, e participou de auditorias e inspeções em aeronaves em 15 países. Dúvidas, críticas e sugestões: [email protected]
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