Um levantamento feito pelo G1, revelou que se a cláusula de desempenho prevista nesta proposta já estivesse em vigor nas eleições de 2014, ela limitaria o funcionamento de 14 siglas no Congresso, além de restringir o acesso das mesmas nas verbas partidárias e ao tempo de TV.
Entre as legendas que seriam afetadas estão algumas tradicionais, como o PC do B, e PPS, além de partidos de criação mais recente, caso do PSOL e PROS.
Das 27 legendas que existem hoje na Câmara, restariam, com a cláusula de barreira, somente 13 com funcionamento parlamentar. Seriam elas:
- PMDB / PT / PSDB / DEM / PDT / PP / PR / PRB / PSB / PSC / PSD / PTB / SD
Perderiam o funcionamento parlamentar as seguintes legendas:
- PPS / PROS/ PV/ PC do B/ PEN / PHS / PRP / PRTB / PSL / PSOL / PT do B / Rede (não disputou as eleições de 2014. Mesmo com os quatro deputados que tem hoje, não atingiria o mínimo previsto pela PEC) / PTN / PMB (também não disputou as eleições de 2014. Com os dois deputados que tem hoje, não atingiria o mínimo previsto pela PEC)
Se denominam representantes, mas não fomos nós que elegemos
No dia 17 de abril, o Brasil, e até alguns países acompanharam durante um longo dia a um show de encenação, digno de repúdio e nojo. 504 deputados federais se juntaram para votar o processo de impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff (PT), acusada por crime de responsabilidade fiscal. Uma sessão tensa, iniciada com princípios de tumultos.
O pior não foi a aprovação do processo, mas sim, como foi realizada essa aprovação e, principalmente, por quem foi aprovada. Interessante, ou não, desses 504 deputados que participaram da votação, apenas 36 conseguiram os votos de urnas necessários para conquistar uma das 513 cadeiras da Câmara Legislativa. Os demais foram todos beneficiados pelos números que ultrapassam o quociente, que pode ser distribuído para os outros parlamentares dos partidos mais votados, além disso, podem ser absorvidos também pelos votos de legenda.
Muitos comentaram as atitudes dos deputados, até porque se ouviu representantes dizendo que votariam a favor do processo de impeachment por causa da mãe, da avó, do neto, de Deus, do pequi, etc. Então, por instantes alguém pode se perguntar: Quem elegeu esses candidatos? A resposta é simples, os companheiros deles.