REF&H - Edição 76 (Março - Junho/2016) Versão reduzida | Page 8

inovação. Em outras palavras, meu estimado gestor, você tem na sua empresa em pleno funcionamento estas 3 modalidades de produção de interação e que poderiam – aliás, minha posição pessoal é que deveriam – estar sendo utilizadas de forma “hipertrofiada” para reinventar sua empresa e seus serviços de modo a fazer aumentar a intensidade e capilaridade no fluxo de trocas de percepções, ideias e, sobretudo, de propostas de melhorias para o seu negócio.

Giardelli (2011), CEO da Gaia Creative e professor emérito do CIC – Centro de Inovação e Criatividade, afirma que a sociedade deste século está mais integrada e compartilhando absolutamente tudo que aprende, pois existe um excedente cognitivo que nos leva a produzir continuamente conteúdo e compartilhar com aqueles que nos estão mais próximos. As redes sociais, por sua vez, cuidam de deixar todos muito próximos, fazendo com que as empresas sejam apenas “mais um lugar” onde as pessoas podem trocar informações, conhecimentos e construir realidades inovadoras, pois tem sido exatamente nisso que a mudança no comportamento do trabalhador de serviços tem sido pautada, como afirma Pink, um dos principais pensadores do management da nova geração, quando afirma que o interesse dos profissionais está mudando do simples e banal ganho financeiro para a satisfação pela inserção e diferenciação no âmbito das empresas onde estão emprestando seu talento. Assim, os sistemas motivacionais precisam ser revistos na medida em que o você-ganha-mais-aqui migra no mundo inteiro para o você-ganha mais aqui-porque-faz-diferença-aqui.

Assim, e com uma breve interrupção para voltarmos ao tema no próximo número, convido você, gestor, a refletir sobre a difícil e dura, mas infelizmente real, afirmativa pessoal de que HÁ UM DESENCONTRO GRITANTE ENTRE O QUE A CIÊNCIA DOS NEGÓCIOS SABE E OS NEGÓCIOS FAZEM, que encontra

respaldo no pensamento de Christensen (2012) uma referência mundial e integrante do seleto grupo de pesquisadores da Escola de Negócios de Harvard, quando afirma em sua recente obra que “administrar melhor, não cometer tantos erros e trabalhar arduamente NÃO É a resposta para o desafio e dilemas da inovação”. Por conseguinte, entendemos que é preciso promover rupturas nos modelos mentais dos gestores para que seus negócios sigam novos caminhos, onde certamente muitos dos nossos clientes regulares e potenciais já estarão, há algum tempo, à espera de algo realmente que os motive a comprar o que temos a lhes vender. E então, o que você pensa sobre tudo isso? Fica aqui minha proposta para sua reflexão e um até breve!!!

Se quiser conversar ou saber mais sobre a temática, escreva-me e terei o maior prazer de discutir isso com você, OK?

REFERÊNCIAS:

CHRISTENSEN, C. M. O Dilema da Inovação. SP: MBooks do Brasil, 2012.

GIARDELI, G. Você é o que Você Compartilha. RJ: Gente, 2011.

STEWART, T. A. Capital Intelectual: A Nova Vantagem Competitiva das Empresas. RJ: Campus, 1998.

SVEIBY, K. E. A Nova Riqueza das Organizações. RJ: Campus, 2000.

ZOPPI, I. G. Branding Relationship Management. Disponível em http://www.treebranding.com/site/index.php?option=com_content&view=article&id=126&Itemid=55&lang=pt. Acesso em 15/5/2016.

10 | Empresário Fitness & Health | Março - Junho / 2016