talentos, ao que Sveiby (1998) chamava de patrimônio de conhecimento. Este é considerado por Farias (2005, 2008, 2009, 2016) como elemento essencial aos negócios do segmento fitness, no qual a interpessoalidade determina a qualidade dos relacionamentos entre clientes e prestadores de serviços, transformando tudo que é material e tangível em mera commodity aos olhos dos clientes.
Talentos satisfeitos em atuar nas suas empresas estão sempre dispostos a oferecer sua máxima capacidade de agregar valor ao negócio, não somente “vestindo a camisa” da empresa, mas sim, transformando-a em sua própria pele, levando a empresa a níveis elevados de competitividade e longevidade, em um negócio que não para de crescer e mostra-se como uma das áreas de maior projeção de prosperidade nas próximas décadas, como demonstram vários e recentes estudos sobre tendências de negócios promissores para o futuro.
Porém, ainda constatamos em muitas empresas fitness, discreta valorização deste aspecto por parte dos empresários/gestores. Mesmo onde encontramos investimentos em capacitação profissional, não percebemos estratégias corporativas para atrair e reter os talentos que lá atuam. De modo geral, encontramos sim, uma perigosa conjugação de tecnologias de ponta operadas por profissionais de desempenho e competência medianos, expondo assim, carência de políticas e
GESTÃO COM CIÊNCIA
Edvaldo de Farias
Sócio-Diretor da Movimento Humano Treinamento e Desenvolvimento
O término de um ano e começo de outro, sobretudo num país que vive com toda força a “era da incerteza”, é momento de fazer planos de realizar diferente e melhor do que se fez até então, seja com as pessoas, seja com os negócios. Assim, e diante dessa possibilidade e desafio, encerramos este ano de publicações oferecendo uma contribuição aos nossos gestores sob a forma de 3 questões norteadoras para o ano de 2017: a) quais são seus planos para a empresa? b) no que pretende que ela seja diferente e melhor? c) que importância pretende dar ao investimento nas pessoas e seus talentos como forma de diferenciação?, considerando a proposta de Farias (2005) que aborda a rentabilidade nos negócios como produto do que chama de Tríade da Qualidade: empresas de qualidade gerando resultados de qualidade se, e somente se, forem compostas por pessoas de qualidade. Assim, profissionais com competências estratégicas passam a compor o que Stewart (1998) e Carbone et al. (2005) denominam capital intelectual, cuja importância representa mais para o negócio do que o capital financeiro, transformando cada profissional em um reservatório de competências. Dessa forma, a visão tradicional de “recurso humano” deixa de ter sentido na medida em que esse patrimônio intangível gera percepções que interferem diretamente nas escolhas e na própria fidelização dos clientes.
Diante deste cenário competitivo, assistimos a uma demanda emergente da adoção de políticas de retenção dos
estratégias eficazes para a gestão de pessoas. Infelizmente, ainda se investe mais recursos na troca dos equipamentos do que na reciclagem do conhecimento das pessoas, relegando nosso segmento a uma frágil posição, incompatível com a “era do conhecimento”.
Talentos, diferenciação e lucratividade
em tempos de incerteza
Como você faz para reter os talentos de sua empresa? Que garantias tem você quanto à satisfação de seus colaboradores em estar na sua empresa?
16 | Empresário Fitness & Health | Novembro - Dezembro / 2016