RCM PHOTOGRAPHY MAGAZINE 5 Nº 5 | Page 21

O madeirense reuniu 37,66% de todos os votos numa eleição a cargo dos capitães e seleccionadores nacionais e de um grupo de jornalistas, ganhando por uma margem bem mais acentuada do que na edição anterior. Messi (15,76%), autor de 58 golos em 66 jogos e considerado o melhor jogador do Mundial, mas sem nenhum título por Barcelona ou Argentina, ficou em segundo, tal como em 2013. Desde 2008, apenas o português e o argentino, que foi o melhor quatro vezes seguidas, conseguiram arrecadar o prémio de melhor do mundo.

A dobradinha do Bayern Munique e, especialmente, o título mundial da Alemanha, fizeram entrar Manuel Neuer nos três finalistas, mas teve de se contentar com o 3.º lugar (15,72%), a melhor classificação de um guarda-redes desde que o italiano Gianluigi Buffon, também em ano de vitória no Mundial, terminou como “vice”.

Olhando para a lista de vencedores anteriores, marcadamente dominada por avançados ou médios-ofensivos, percebia-se que o alemão corria por fora, pois o soviético Lev Yashin, o lendário “Aranha Negra”, foi o único guarda-redes a ser votado o melhor do mundo, em 1963. Em 2014, Neuer sofreu 40 golos em 62 jogos, conseguindo manter a folha limpa em mais de metade deles (32). O titular do campeão mundial não foi o único jogador do Bayern num lugar de destaque. As três posições seguintes também foram ocupadas por elementos do clube, Arjen Robben (7,17%), Thomas Müller (5,42%) e Philipp Lahm (2,90%).

No final da Gala da FIFA, Messi referiu que o prémio foi bem atribuído. “Cristiano mereceu o troféu. Teve um ano impressionante, com vários títulos”. Com as regras iniciais, o galardão estaria fora do alcance da estrela argentina. Desde a criação, a Bola de Ouro esteve destinada apenas a jogadores europeus. Depois, foi aberta a qualquer futebolista de clubes europeus e só em 2007 deixou de ter qualquer limitação. Em 2010, o troféu fundiu-se com o de Jogador do Ano da FIFA, que existia desde 1991. Além de Eusébio, Figo e Ronaldo, outros dois portugueses conseguiram. um lugar no pódio: Futre, em 1987, e Deco, em 2004, só foram superados por Ruud Gullit e Andriy Shevchenko, respectivamente.