Rainha do Universo Edição de Abril 2014 | Página 4

UniversoABRIL 2014 RETRATO DA COMUNIDADE Catequese: Educação na vida da fé Desde o princípio da Igreja, a catequese é um instrumento de evangelização que prepara para o recebimento dos sacramentos e trabalha a maturidade cristã “Catequizar é uma atividade ampla, a partir do momento em que se propõe a falar de Deus para alguém isso é catequese. É vida, é trabalhar o lado interior das crianças e dos pais”. Esta é a definição de Catequese para Rita de Cássia Albino Fernandes, catequista há 25 anos, coordenadora da Catequese aqui na Paróquia Nossa Senhora Rainha do Universo. Rita de Cássia e Cida dos Anjos Gusmão (vice-coordenadora), com os subsídios da Catequese Rita começou a ser catequista aqui na paróquia, mas foi catequista também na paróquia nossa Senhora do Perpétuo Socorro; já passou pela coordenação da catequese três vezes e acompanha as mudanças ao longo dos anos. “Antigamente a catequese era vista apenas como preparação para receber os sacramentos, mas ao longo do tempo chegou a catequese renovada e hoje a catequese é voltada mais para a iniciação cristã e procura trabalhar uma maior maturidade cristã dos catequizandos e suas famílias,” afirmou Rita. Rita comentou ainda as dificuldades presentes no desenvolver do trabalho, mas que o amor a Jesus e às crianças motivam e dão forças para continuar. A coordenadora falou do incentivo de Dom Albano Cavallin para a catequese. “Dom Albano é um Bispo Catequético, ele atinge a gente como pastor, e valoriza muito a catequese de forma que os catequizandos aprendam, compreendam e vivam a palavra de Deus”, enfatizou Rita. Dom Albano e a importância da Catequese O nosso Arcebispo Emérito Dom Albano Cavallin nos falou um pouco da importância da catequese na vida do cristão. Para ele a catequese não é apenas instrução de doutrinas, mas educação na vida da fé. “A grande revolução da catequese brasileira foi unir a fé com a vida, o credo com os mandamentos. A catequese passou da pessoa do catequista para a paróquia catequista. Isto é o que hoje se chama de iniciação da vida cristã na comunidade”, disse o arcebispo. Com relação às famílias, Dom Albano ressaltou a importância do papel dos pais, sobretudo, o exemplo do pai. O arcebispo lembrou que o pai, de uma forma ou de outra, está sempre educando, e contou uma pequena historinha: Um menino perguntou para mãe: - Mãe, quando é que eu vou ficar grande como meu pai? A mãe respondeu : - Por que meu filho? Você quer ficar grande igual ao seu pai para ir trabalhar como ele? E o menino respondeu: - Não, mãe; eu quero ficar grande logo como meu pai, para não precisar ir mais às missas... “Um pai sempre está dando catequese, bem ou mal”, concluiu Dom Albano. Sempre é tempo de ser Catequista A professora aposentada, Lydia Valverde Girotto, é catequista há 38 anos; é do tempo do Padre Arthur. Ela conta que, antigamente, se dava catequese como professor, e ela se sentiu chamada. “Como professora, acho que tenho o dom de trabalhar com crianças, eu dou abertura para falarem comigo. As crianças têm liberdade para contarem os fatos da suas vidas, porque confiam, e isso é bom”, disse Lydia. Ela já foi coordenadora da catequese paroquial seis vezes. Para ela, os catequistas mudaram a visão que tinham da catequese ao longo dos anos, mas muitos pais ainda enxergam a catequese como forma de se receber os sacramentos. Este fato não desanima Lydia, que continua sua missão ouvindo, aconselhando e educando para a vivência da fé. Lydia e alguns de seus catequizandos Janete de Moura Pereira sentiu-se chamada a ser catequista e no ano passado se preparou e acompanhou uma catequista, este ano ela assumiu uma turma. “O que me faz ser catequista é o amor a Jesus e às crianças”, disse ela. A Jovem Camila Terra está há três semanas acompanhando uma turma e se prepara para se tornar uma catequista também. “É preciso ter paciência e gostar do que se faz”, afirmou Camila. O senhor João Ramos iniciou seu trabalho catequético em 1970 e sempre trabalhou com catequizandos adultos. Para ele, existem os interessados que querem aprender sobre Deus e o Evangelho, e aqueles que estão a li apenas para cumprir uma formalidade para receber um sacramento. Há catequizandos muito interessados. “Eu tenho uma catequizanda de 87 anos que se prepara para a crisma, o padre a dispensou pela idade, mas ela quer participar”, explicou o catequista. Para Ramos, ser catequista é ser compromissado com Deus. “Ser catequista é decorrência do meu batismo, é o meu compromisso com Deus de levar a Sua palavra para as pessoas”, explicou ele.