semelhante aos padrões que ele exige hoje,
como entrega a domicílio e possibilidade de
fazer orçamentos online.
O segundo motivo se dá pelo desencontro
de informações. As orientações
a nível federal, estadual e municipal geram
incertezas entre os empresários, que, muitas
vezes, se sentem à deriva, sem saber como
agir. Nesse sentido, tem sido muito importante
a atuação de entidades do setor. Um
exemplo é a ANAMACO (Associação Nacional
dos Comerciantes de Material de Construção),
que, por meio de suas regionais,
vem realizando lives e webinars com grandes
nomes da construção civil para ajudar a
disseminar informações, buscando dar uma
luz para as empresas de menor porte, principalmente.
A falta de um planejamento para a
retomada também preocupa. Tenho conversado
com diversos empresários do setor e
todos concordam com a necessidade de isolamento,
mas gostariam que as ações fossem
menos paliativas e mais estruturadas.
O resultado de tudo isso é um ciclo
vicioso: a queda na confiança dos empresários
contribui para a paralisação dos investimentos,
que resulta no agravamento da
crise econômica. Por outro lado, o momento
tem sido propício para o setor se repensar.
Idealmente, teríamos feito todas essas
mudanças, apostando nos meios digitais e
na informatização, sem as demais preocupações
que uma pandemia gera, como a
manutenção de empregos. Mas vejo os esforços
de muitos empreendedores, de todos
os portes, criando redes sociais, fazendo
publicidade online, indo atrás dos clientes
onde quer que eles estejam.
Se pudesse resumir as necessidades
dos empresários da construção civil neste
momento, diria que é preciso diálogo e um
planejamento assertivo. Com esse respaldo,
que vai além de um auxílio financeiro, por
exemplo, esse setor que emprega milhares
de pessoas pelo país não correria tanto risco
de encolher. É preciso ser criativo e, principalmente,
não ficar parado. Assim, será
possível navegar nos mares conturbados
dos próximos meses.