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As Runas.
Dissemos que o Dr. Dee, com a ajuda de livros alquimistas de esteganografia,
pôde redescobrir a língua “enoquiana”, e com ela foi capaz de contatar com
entidades de uma esfera superior de existência.
A esteganografia é uma espécie de semiótica aplicada à criptografia que, no
caso de Tritheim, referia-se a um tipo de símbolos que, nesse então, estavam
proscritos pela inquisição, que sentia repulsão por todo pagão, que era
condenado pela Igreja como herético.
Com certeza, podemos afirmar agora que esses símbolos eram rúnicos.
As runas chegaram até nossos dias através de um alfabeto nórdico chamado
“Futhark”, que tem 18 sinais. Alguns incluem outras derivações, chegando até
24. Este alfabeto opera, exotericamente, assimilado às letras do alfabeto latino,
e só se utiliza nesse sentido. Alguns “xamãs” rúnicos, além disso, conferem uma
significação singular a cada runa, e ainda que o sentido seja mais esotérico,
posto que os significados se anexam de acordo a uma interpretação peculiar da
cosmogonia nórdica, assemelha-se mais a uma espécie de “mancia” ou arte
divinatória, que atribui significados aleatórios aos símbolos, ao estilo do Tarot ou
o I-Ching. Ainda que cada runa tenha um nome latinizado esse pronuncie
semanticamente igual a qualquer nome que utiliza fonemas latinos, é evidente
que desconhecemos a fonética original de cada runa, seu som, e por
conseguinte, a sintaxe idiomática; e sem estes elementos é impossível
compreendê-la como língua fraseada, quer dizer, fonética. A língua “enoquiana”
ou língua dos “anjos” tornou-se incompreensível.
Nos mitos e tradições nórdicas e germânicas, por exemplo, que os grandes
heróis, como Siegfried, antes de realizar suas façanhas, devem compreender a
“língua dos pássaros”. E esta é uma chave importante que nos permitirá explicar
mais a fundo o tema das runas.
Siegfried e Brunilda