a perfume feminino vencido . Riam e cambaleavam juntos , os sentidos entorpecidos pela droga . Ehiru os seguiu por um quarteirão antes que sequer percebessem sua presença e então tomou outra rua lateral . Esta levava ao galpão de armazenamento da hospedaria que ele procurava . As portas do galpão ficavam abertas , barris de vinho e pacotes amarrados com barbante bem à vista ao longo das paredes , todos intocados . Os poucos ladrões de Gujaareh sabiam que era melhor não tocar em nada . Ao invadir as sombras , Ehiru tirou as joias do disfarce e virou mais uma vez o tecido , enrolando-o e prendendo-o para que não esvoaçasse . De um lado , o tecido tinha uma estampa singela , mas do outro ( o lado que ele vestia agora ), era completamente preto .
No dia anterior , Ehiru investigara a hospedaria . Tão astuto quanto qualquer membro da casta dos comerciantes , o proprietário da casa mantinha a torre aberta o ano todo para atender estrangeiros abastados , muitos dos quais não gostavam de se deslocar durante as inundações da primavera . Esse portador de dízimo , um comerciante do norte , tinha um quarto privativo na torre , separado do restante do prédio por um íngreme lance de escada . Conveniente . Quando queria uma coisa , Hananja encontrava uma maneira .
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