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era totalmente diferente: as pessoas recebiam
a gente com amor, se interessavam pela minha
vida; isso começou a despertar em mim algum
interesse.
Os três primeiros meses de adaptação e o contato
com o trabalho e a oração foram muito difíceis
para mim. Para mim era muito difícil rezar. Tinha
feito a Primeira Comunhão e depois nunca mais
entrei numa igreja por vinte anos. Não me recordava direito do Pai-Nosso e da Ave-Maria e o
momento da meditação da manhã era uma tortura
para mim. No fundo do coração tinha o desejo de
recuperar, sentia que aqui era o momento. Mas,
com o pensamento, ia a quando sairia, como faria lá fora, que esposa iria ter. Pensava só lá fora
e não conseguia viver, participar daquilo que a
Fazenda me oferecia.
Depois de alguns meses, num dia de muito desespero, falei com o meu responsável e coloquei
para ele todos os problemas. Ele me convidou
a escolher alguns colegas e ir com eles à noite
na capela rezar o terço e fazer uma partilha de
como tínhamos vivido aquele dia. Rezei com
eles e ouvi eles contarem suas experiências
com muita alegria. Eu pensava: «Será que Deus
dá esta alegria só para eles, e para mim não? Eu
quero sentir isso também». Assumi a minha situação e dei o passo para superar as dificuldades.
E Deus respondeu. Aconteceu num dia em que
devíamos viver uma frase da Bíblia, a Palavra de
Vida3 (como costuma cada dia na Fazenda), que
dizia: «Este povo me honra com os lábios, mas
3) Uma frase do Evangelho com sentido completo, proposta
mensalmente para a evangelização da própria vida.
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