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a unidade, desejo de deus
Pontifício de Estudos Árabes e Islâmicos (Pontificio Istituto di
Studi arabi e d’islamistica — Pisai), que tinha sido transferido
de Túnis para Roma em 1964. Ele me pediu que refletisse bem,
porque minha resposta orientaria todo o resto da minha vida. Eu
não podia recusar, porque tinha pedido isso. Um dos assistentes
preferia que eu fosse nomeado para a Nigéria, um outro preferia
o Pisai. Foi o segundo que prevaleceu, mas o primeiro impôs a
condição de que eu fosse antes estudar noutro lugar para ingressar
no Instituto com uma outra experiência.
Escolhi a Inglaterra e me inscrevi em Londres, de preferência em Oxford, porque lá ensinavam o árabe literário e o
árabe moderno. Foi lá que aprendi os fundamentos da língua e a
islamologia, porém mais do ponto de vista da história e do direito
do que da religião.
Em 1968, voltei a Roma e me integrei no Pisai. Ajudei no
ensino do primeiro ano seguindo, ao mesmo tempo, os cursos do
padre Robert Caspar sobre o Alcorão e a exegese corânica. Tendo
sido informado, por um confrade da Uganda, da criação de um
novo posto na seção das Ciências Religiosas na Universidade do
Estado de Makerere, em Campala, a capital, deram-me a possibilidade de me candidatar. Desde a sua transferência para Roma, o
Pisai acolhia estudantes de todas as procedências. O horizonte do
Instituto se alargou. Visto que todos os membros da direção tinham
uma experiência da África do Norte, meus superiores julgaram útil
que um de nós tivesse uma experiência noutro lugar.
Em 1969 parti, então, para a Uganda, país de maioria cristã
com cerca de seis por cento de muçulmanos. Eu me sentia, no
entanto, um pouco apreensivo. O caso é que era chamado a
coadjuvar um professor muçulmano do Quênia que havia pedido
expressamente que pusessem um cristão ao seu lado. Era, sem
dúvida, um homem aberto ao diálogo, mas eu me perguntava o
que ele me deixaria fazer. Pensava que ele me confiaria um curso