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dera que a medida do amor para construir a unidade é um
amor sem medida, porque não tem limites: o amor de Deus
que experimenta o abandono de Deus.
O amor a “Jesus Abandonado” é, pode-se dizer, o combustível do focolarino, é o ponto de partida pelo qual tudo
é possível, porque não existe negativo que o amor não possa
transformar em positivo. “Sabemos que tudo contribui para o
bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu desígnio” (Rm, 8,28), recorda são Paulo, que
era um especialista da Cruz.
Existem coisas na vida que não se improvisam, entre elas,
a morte: o momento da passagem para a outra vida. É o momento em que normalmente prevaleceriam nossos instintos
e, primeiro entre eles, o de conservação. No entanto, em uma
alma que durante toda a vida tratou de dominar-se a si mesma para amar o próximo, para transformar em amor todo o
seu ser, prevalecem – perdoem a expressão – os “instintos
sobrenaturais”, porque ela sabe dar espaço à Graça também
num momento dramático, como a hora da morte. E as circunstâncias da morte de Alberto foram muito especiais.
A frase que dirigiu a seus assassinos nos últimos instantes terríveis de sua vida: “Eu sou de Deus… a minha vida, a
sua, a nossa, valem mais do que qualquer outra coisa. Se arruinarem a minha vida, arruinarão também a de vocês”, faz
pensar que, até mesmo nesse momento de martírio, Alberto
tenha conseguido amar e testemunhar Deus a dois infelizes
desventurados. Essa frase, de fato, ficou gravada para sempre
na mente de um deles, impelindo-o ao arrependimento.
Hans Jurt
Dirigente do Movimento dos Focolares / Seção dos Focolarinos
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