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Nota para a 2ª edição O sucesso da obra-prima do cardeal Van Thuan, Testemunhas da esperança, cuja primeira edição brasileira esgotou-se poucos meses após seu lançamento, somente vem confirmar o elevado conteúdo espiritual e vivencial de suas meditações, com repercussões muito positivas num leque de leitores que vai do homem simples ao dignitário eclesiástico. Trabalhávamos na (imprescindível) revisão da obra, em vista de sua segunda edição, quando fomos colhidos pela notícia da morte do Autor, que há meses sofria de uma grave doença. Num artigo, dom Luciano Mendes de Almeida, amigo do cardeal e prefaciador desta edição brasileira, declarou: “Há homens e mulheres que, pelo testemunho de sua fé em Deus, anunciam a beleza de uma existência em que seremos para sempre felizes. São profetas da esperança. No dia 16 de setembro de 2002, morreu em Roma, aos setenta e quatro anos, um santo de nossos dias”. Seu parecer é compartilhado por João Paulo II que, no funeral de Van Thuan, destacou ter o presidente do Pontifício Conselho de Justiça e Paz conduzido “uma vida vivida na adesão coerente e heróica à própria vocação”, de “coragem exemplar” nos anos de prisão, como convicto defensor da “reconciliação, da justiça e da paz entre os homens e povos”. O Papa se perguntava de onde viriam a paciência e a coragem que sempre o caracterizaram, para lembrar que Van Thuan dizia não se tratar de heroísmo, mas de fidelidade amadurecida, voltando o olhar para Jesus, modelo de cada testemunha e de todos os mártires. Ele podia, então, dizer: “No abismo dos meus sofrimentos, jamais cessei de amar a todos, sem excluir ninguém do meu coração”. É por isso que as meditações escritas pelo bispo vietnamita para o Jubileu do Ano 2000 não perdem sua atualidade nem seu vigor. Fazemos votos de que Testemunhas da esperança continue a produzir o bem em todos os seus leitores. O Editor –7–