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Como o dinheiro não bastasse, foi-se Abelardo à casa de uma amiga: a raposa foi a escolhida. Penteava seu lindo rabo vermelho a comadre, quando, pelo espelho, viu Abelardo apontar. — Ó, comadre, me empreste um dinheirinho que logo, logo devolvo. É pra fazer uma casa digna de receber os amigos. A raposa que, quando cuidava de si, descuidava do resto, acabou emprestando a quantia pedida por Abelardo. 15