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Economia de Comunhão 10 vontade de dedicar-se nesse sentido — formas comunitárias de consumo, poupança ou troca não-monetária; editoras ou galerias de arte comprometidas com a difusão de conteúdos ou de modos de fazer cultura afinados com o projeto, instituições prestadoras de serviços financiadas, pelo menos em parte, por legados ou doações, que talvez possam encarnar melhor a mensagem e o espírito da EdC em certas situações factuais e culturais. É necessário dizer, contudo, que uma realidade como a EdC não pode ser compreendida na sua complexidade apenas com os instrumentos da ciência econômica — por mais que essa esteja renovada e enriquecida. Somente se compreende uma realidade vital no contato contínuo com a experiência, ou seja, visitando empresas que dela participam e entrando, ao menos um pouco, no dia-a-dia daqueles homens e mulheres, empresários e trabalhadores plenamente mergulhados no mundo dos negócios que têm o coração em outra parte, mas não muito longe. Mais do que contas e vendas, obviamente necessárias, na verdade parece que o que lhes interessa é o “estar bem” das pessoas ao seu redor (colegas, funcionários, clientes, pessoas necessitadas que às vezes nem conhecem, e até mesmo os concorrentes) e, algo não menos importante, a salvaguarda da própria motivação humana e espiritual. São estas pessoas que os autores dos artigos aqui reunidos tiveram sempre presentes ao esboçarem uma “teoria”. Por fim, quero frisar que os trabalhos apresentados são o fruto de uma troca de experiências vital, frutífera e franca, que, muito embora dentro do respeito das diversas sensibilidades e convicções pessoais, fez com que a pesquisa intelectual se tornasse pouco a pouco um caminhada de amizade e, mais precisamente, de “comunhão”; um caminho aberto às contribuiçõ \