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Economia de Comunhão
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vontade de dedicar-se nesse sentido — formas comunitárias de
consumo, poupança ou troca não-monetária; editoras ou galerias
de arte comprometidas com a difusão de conteúdos ou de modos
de fazer cultura afinados com o projeto, instituições prestadoras
de serviços financiadas, pelo menos em parte, por legados ou doações, que talvez possam encarnar melhor a mensagem e o espírito
da EdC em certas situações factuais e culturais. É necessário dizer,
contudo, que uma realidade como a EdC não pode ser compreendida na sua complexidade apenas com os instrumentos da ciência
econômica — por mais que essa esteja renovada e enriquecida.
Somente se compreende uma realidade vital no contato contínuo
com a experiência, ou seja, visitando empresas que dela participam
e entrando, ao menos um pouco, no dia-a-dia daqueles homens e
mulheres, empresários e trabalhadores plenamente mergulhados
no mundo dos negócios que têm o coração em outra parte, mas
não muito longe. Mais do que contas e vendas, obviamente necessárias, na verdade parece que o que lhes interessa é o “estar
bem” das pessoas ao seu redor (colegas, funcionários, clientes,
pessoas necessitadas que às vezes nem conhecem, e até mesmo
os concorrentes) e, algo não menos importante, a salvaguarda da
própria motivação humana e espiritual. São estas pessoas que os
autores dos artigos aqui reunidos tiveram sempre presentes ao
esboçarem uma “teoria”. Por fim, quero frisar que os trabalhos
apresentados são o fruto de uma troca de experiências vital,
frutífera e franca, que, muito embora dentro do respeito das
diversas sensibilidades e convicções pessoais, fez com que a
pesquisa intelectual se tornasse pouco a pouco um caminhada
de amizade e, mais precisamente, de “comunhão”; um caminho
aberto às contribuiçõ \