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Economia de Comunhão
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voltada para a produção, o mesmo estilo de comportamento que
vivem em todos os outros âmbitos da vida.
2. A Economia de Comunhão propõe comportamentos inspirados na gratuidade, na solidariedade e na atenção aos últimos não
somente em atividades sem fins lucrativos, mas principalmente em
empresas nas quais é conatural a busca do lucro, um lucro que é em
seguida posto em comum, numa perspectiva de comunhão.
3. As empresas da Economia de Comunhão, além de se apoiarem
num profundo entendimento entre os promotores de cada uma delas,
sentem-se parte de uma realidade mais vasta, na qual já se vive uma
experiência de comunhão. Elas se desenvolvem em pequenos (pelo
menos por ora) “pólos industriais” nas proximidades das Mariápolis
do Movimento (temos cerca de vinte delas no mundo) ou, se estão
geograficamente distantes, unem-se a elas idealmente.
4. Aqueles que se encontram em dificuldade econômica, destinatários de uma parte dos lucros, não são considerados “assistidos”
nem “beneficiários” da empresa. São membros essenciais ativos
do projeto, dentro do qual dão aos outros as próprias necessidades.
Vivem, também eles, a “cultura do dar”. De fato, muitos deles
renunciam à ajuda que recebem tão logo recuperam um mínimo
de independência econômica. E outros partilham o pouco que têm
com aqueles ainda mais necessitados.
5. Na Economia de Comunhão, a ênfase, na verdade, não é
dada à filantropia por parte de alguns, mas antes à partilha, na qual
cada um dá e recebe com igual dignidade.
Muitos se perguntam como podem sobreviver no mercado
empresas tão atentas às exigências de todos os sujeitos com que
tratam e ao bem de toda a sociedade. Com certeza, o espírito que
as anima ajuda-as a superarem os contrastes internos que dificultam
e, em certos casos, paralisam as organizações humanas. Além disso,
seu modo de atuação atrai a confiança e a benevolência de clientes,
fornecedores ou financiadores.
Não podemos, contudo, esquecer um outro elemento essencial, que vem acompanhando constantemente o desenvolvimento
da Economia de Comunhão durante esses anos. Nessas empresas
deixa-se espaço para a intervenção de Deus, também na atuação