Preview dos produtos 567805c47463d170292418pdf | Page 16

Economia de Comunhão 18 voltada para a produção, o mesmo estilo de comportamento que vivem em todos os outros âmbitos da vida. 2. A Economia de Comunhão propõe comportamentos inspirados na gratuidade, na solidariedade e na atenção aos últimos não somente em atividades sem fins lucrativos, mas principalmente em empresas nas quais é conatural a busca do lucro, um lucro que é em seguida posto em comum, numa perspectiva de comunhão. 3. As empresas da Economia de Comunhão, além de se apoiarem num profundo entendimento entre os promotores de cada uma delas, sentem-se parte de uma realidade mais vasta, na qual já se vive uma experiência de comunhão. Elas se desenvolvem em pequenos (pelo menos por ora) “pólos industriais” nas proximidades das Mariápolis do Movimento (temos cerca de vinte delas no mundo) ou, se estão geograficamente distantes, unem-se a elas idealmente. 4. Aqueles que se encontram em dificuldade econômica, destinatários de uma parte dos lucros, não são considerados “assistidos” nem “beneficiários” da empresa. São membros essenciais ativos do projeto, dentro do qual dão aos outros as próprias necessidades. Vivem, também eles, a “cultura do dar”. De fato, muitos deles renunciam à ajuda que recebem tão logo recuperam um mínimo de independência econômica. E outros partilham o pouco que têm com aqueles ainda mais necessitados. 5. Na Economia de Comunhão, a ênfase, na verdade, não é dada à filantropia por parte de alguns, mas antes à partilha, na qual cada um dá e recebe com igual dignidade. Muitos se perguntam como podem sobreviver no mercado empresas tão atentas às exigências de todos os sujeitos com que tratam e ao bem de toda a sociedade. Com certeza, o espírito que as anima ajuda-as a superarem os contrastes internos que dificultam e, em certos casos, paralisam as organizações humanas. Além disso, seu modo de atuação atrai a confiança e a benevolência de clientes, fornecedores ou financiadores. Não podemos, contudo, esquecer um outro elemento essencial, que vem acompanhando constantemente o desenvolvimento da Economia de Comunhão durante esses anos. Nessas empresas deixa-se espaço para a intervenção de Deus, também na atuação