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pensar mundo unido
Esses dois níveis do catolicismo brasileiro não são opostos
entre si, mas, simplesmente, indicam a grande sensibilidade
do nosso povo, fruto da miscigenação de tantas raças, com
a conseqüente contribuição cultural e folclórica das mesmas
também quanto à expressão da própria religiosidade.
Se, de um lado, isso é uma riqueza que marca caracteristicamente os católicos brasileiros, por outro lado, representa
uma ocasião propícia para o surgimento de um grande
sincretismo religioso.
A Igreja Católica na América Latina está convencida de
que a existência de uma pobreza institucionalizada é efeito
de estruturas pecaminosas, marcadas pelo egoísmo, e, por
isso, ela está se engajando mais e mais, a fim de que a vida
evangélica irradie os seus reflexos na economia e na política
dos países que a compõem. A opção preferencial pelos pobres e marginalizados encontra-se expressa claramente nos
Documentos de Medellin, de Puebla e de Santo Domingos.
Esta opção, unida à tomada de consciência da Igreja
como lugar de comunhão, resultou no aparecimento das
CEBs (Comunidades Eclesiais de Base).
Nota-se atualmente a exigência de uma liturgia mais
vital, que coloque em equilíbrio as dimensões horizontal e
vertical da fé. Nesse contexto, os Movimentos Eclesiais são
protagonistas e estão imprimindo uma nova performance à
Igreja Católica3.
Em épocas difíceis da nossa história, cristãos de “diferentes
confissões uniram-se para lutar por projetos comuns de defesa
da vida, dos direitos humanos, da justiça e da democracia”
(Bock, 1998, p. 45).
3)
Ao lado de algumas associações eclesiais mais antigas como
a Legião de Maria, o Apostolado da oração, nos anos mais recentes,
emergiram outras. Tais como: Cursilhos de cristandade, Renovação
carismática, Neocatecumenato, Movimento dos Focolares etc.
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