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VIL
“Mas este não quer ser um livro de
história econômica nem tampouco de
história do pensamento econômico em
sentido próprio, embora nos sirvamos
bastante dos conhecimentos produzidos ao longo do tempo nesses dois
campos do saber e pretendamos oferecer elementos originais e sugestões
úteis — esperamos — a essas ciências.
O que este livro propõe e defende é
uma tese bem específica: não é um
mero acidente do processo de evolução
da economia capitalista […] que, nos
últimos vinte e cinco anos, tenha florescido um conjunto de organizações
sociais caracterizadas por uma visão
civil de seu papel […].
Nesse sentido, mostraremos que o
princípio da troca de equivalentes —
que regula o funcionamento da instituição mercado — e o princípio da redistribuição — que caracteriza a ação do
Estado — não são categorias primitivas
e, portanto, não podem sustentar-se
por si mesmas. Em última análise,
ambas decorrem da categoria da
reciprocidade. Assim, uma sociedade
que suprima de seu horizonte cultural o
princípio da reciprocidade […] é uma
sociedade com um futuro provavelmente comprometido e certamente
sem condições de satisfazer à demanda
de felicidade de seus membros.”
(p. 13)
Coleção
EM QUESTÃO