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No mundo globalizado, apesar do progresso econômico, as
desigualdades sociais persistem, a qualidade de vida não melhorou, o emprego não aumentou. As duas visões econômicas
hoje preponderantes parecem não se darem conta de que se
trata muito mais de uma escassez social do que material. Uma
considera a empresa “a-social”, que atua no mercado eticamente
neutro, pedindo só eficiência e geração de riqueza; depois o
Estado se encarregará de redistribui-la de maneira equânime. A
outra considera a empresa “antissocial” e o mercado um lugar
selvagem de exploração do mais forte sobre o mais fraco.
A economia civil considera que há outros princípios, além do
lucro e da troca instrumental, que podem funcionar justamente
no interior da atividade econômica e, particularmente, no mercado. Assim adquirem nova perspectiva as atividades abrigadas
no chamado Terceiro Setor. O caminho proposto é o de instituições – ao lado daquelas típicas do Estado e do mercado – de
bem-estar civil e de novas formas de empresas, capazes de
tornar o mercado um lugar de encontros e civilizador, e até
mesmo de felicidade pública.
ISBN 978-85-7821-062-5