A resiliência de um empresário
Por Miguel Vicente - Gestor da VICENTE & VICENTE
Portuguese Lighting: Como descreve a Vicente & Vicente?
Miguel Vicente: Com 17 anos de experiência, a Vicente & Vicente surge da fusão entre o design e a arte manual na produção de abat-jours.
Combinando o trabalho artesanal com a última tecnologia, desenvolvemos projectos de arquitectura e decoração únicos e totalmente à medida.
PL: Com uma experiência de tantos anos no sector, como acha que este tem evoluído e quais as principais dificuldades que tem enfrentado ao longo do tempo?
MV: Ao longo dos anos a empresa Vicente & Vicente adoptou uma postura moderna e competitiva em termos de recursos tecnológicos. Para nos ajustarmos às tendências, ampliámos a nossa produção para peças de iluminação em 100% ferro cobreado, ou seja, o que era a “base” dos nossos abat-jours passa a ser também peça de iluminação e decoração.
No que diz respeito às principais dificuldades, as crises económicas e a falta de matéria-prima nacional são o foco dos nossos problemas, tentamos diariamente encontrar soluções e reinventarmo-nos para cumprir com a nossa missão.
PL: Qual o impacto da COVID-19 na actividade normal da Vicente & Vicente?
MV: Sofremos uma quebra de cerca de 70% nas vendas.
PL: Qual foi a maior dificuldade durante o período de confinamento?
MV: No momento em que foi decretado o confinamento, deparei-me com o cancelamento de projectos e encomendas em carteira. Confesso que percebi desde logo que o impacto seria catastrófico. Ainda assim, e para tentar contornar de alguma forma a questão, mantivemos a empresa aberta na expectativa de que algo de bom pudesse surgir.
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ENTREVISTA / INTERVIEW
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59 | OUT./DEZ.