Portuguese Lighting Network Issue 1 | Page 9

entrevista com:

Modesto Castro

CEO da Castro Lighting e Presidente da AIPI desde 2009

e tivesse que descrever em poucas palavras o seu percurso profissional o que diria?

O meu percurso foi uma paixão, gosto do que faço.

Conseguiu atingir todos os objectivos a que se propôs?

Trabalho sempre para o conseguir, natu- ralmente uns foram conseguidos e ou- tros não, como tudo na vida, mas faço um balanço francamente positivo.

Activamente no ramo da iluminação, do mobiliário e do vinho, o que pode- mos esperar a seguir do Sr. Modesto Castro?

Tudo na minha vida para acontecer tem que ser bem planeado e de momento não tenho nenhum plano a não ser continuar a gerir bem o que tenho.

Como tem sido a sua experiência de Presidente da Associação dos Indus- triais Portugueses de Iluminação?

Positiva, mas querendo continuar sem- pre a fazer melhor pelo sector. O papel da Associação deve ser o de promover o sec- tor, ajudando as empresas a internacio- nalizarem-se e a ultrapassar obstáculos burocráticos que constituem na prática barreiras à normal actividade comercial das empresas.

Como classifica o sector de ilumina- ção em Portugal?

O sector de iluminação foi num passado recente de pouca dimensão com muitas micro empresas, uma ou outra média, para não falar de marcas que eram inexis- tentes, mas hoje já começa a haver algu- mas referências de marcas com prestígio, assim como empresas. Penso que o sec- tor, tal como os restantes, só beneficiará de empresas de maior dimensão que possuam massa crítica suficiente para ultrapassar os desafios globais que hoje se colocam à actividade empresarial.

Quais os maiores entraves que os fabricantes de iluminação encontram para o seu crescimento empresarial?

Sem dúvida alguma que um dos factores, por todos reconhecido, é, em primeiro lugar, os recursos humanos: a fraca con- tratação de designers e marketeers e a preocupação excessiva com recursos hu- manos para a fabricação. Por outro lado, o equipamento obsoleto na produção, não se aproveitando os apoios comunitá- rios que existem à disposição para reno- var as linhas de produção. A deficiência nestas duas vertentes explica em grande parte uma produtividade baixa em algu- mas empresas que acaba por ser o maior entrave ao seu crescimento.

De que forma as exportações se tor- naram no motor vital para as empre- sas portuguesas?

Face à contracção do mercado nacional após 2009, as exportações acabaram por se tornar uma condição para a sobrevi- vência das empresas. Os exemplos são conhecidos, hoje existem marcas de pres- tígio que no passado não existiam, a sua participação em feiras internacionais lan- çou-as no mercado global de forma a igualarem-se às grandes marcas, e se não tivessem iniciado a sua participação em feiras internacionais não teriam a possibi- lidade de serem reconhecidas.

Segundo a sua experiência, quais os passos necessários para alcançar o sucesso empresarial?

Para além do que já referi anteriormente, o sucesso empresarial neste ramo, passa sempre por muita determinação, sempre atento aos sinais do mercado, criando, inovando e fazendo o que o mercado quer, nunca o que nós queremos. Natural- mente, não quero dizer com isso que se tenha de sair da nossa linha condutora, é um erro quando tentamos fazer tudo o que os outros fazem, não só porque se perde a identidade como se confunde o cliente e assim se perde a referência do que se produz.

5 Passos para o sucesso empresarial

AIPI Dez'15 www.aipi.pt < 08

ENTREVISTA

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