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A GOVERNANÇA aborda a forma como as empresas são geridas pelos seus gestores. A transparência nos relatórios financeiros, a independência dos órgãos de supervisão, a implementação de práticas anticoncorrencia, o combate à corrupção e o cumprimento de normas éticas e legais são os principais critérios de governança corporativa e são cruciais para construir e fidelizar a confiança de todos os stakeholders.
As empresas que implementam práticas ESG estão a contribuir, não só para o seu futuro, mas também para o do planeta.
Destacamos alguns benefícios:
* Vantagens competitivas relativamente aos concorrentes;
* Atrair mais investidores;
* Melhor performance financeira;
* Maior fidelização dos clientes;
* Operações comerciais mais sustentáveis.
Actualmente, só as grandes empresas têm a obrigatoriedade legal de reportar as suas práticas, existindo já normas Europeias e indicadores específicos que essas empresas têm de utilizar e divulgar.
Não é exigido ainda às PME que reportem legalmente as suas práticas, mas estas começam a ser pressionadas pelos seus clientes, investidores e sistemas financeiros para incorporarem os temas ESG na sua estratégia, políticas, práticas e indicadores de gestão. Na realidade, muitas empresas clientes de PME, bem como bancos e financiadores, começam a criar sistemas de avaliação interna para atribuir uma notação ou ranking ESG às PME, o que transforma os temas ESG em factores competitivos e de diferenciação das empresas.
Os bancos enfrentam um contexto de regulamento mais exigente em que o financiamento tem que considerar dados ESG. A ausência destes dados por parte das empresas pode condicionar o seu acesso ao financiamento e, inversamente, a existência de alguns indicadores será encarada como um sinal de crescente maturidade. Já em 2024, por força do calendário regulamentar, é expectável que seja solicitado às empresas com exposição bancária o fornecimento de informação ESG, no âmbito de processos de atribuição de crédito.
Por exigência Europeia, todos os bancos com actividade na Europa terão de divulgar um novo indicador - Green Asset Ratio (GAR) - que reflecte a proporção dos créditos concedidos a grandes empresas referentes a actividades alinhadas com a Taxonomia Verde Europeia. Este indicador vai ser alargado às PME, sendo necessário que estas consigam, desta forma, também reportar as suas práticas de ESG, bem como a % de volume de vendas, % de custos operacionais e % de investimento que está alinhado com a Taxonomia Verde da UE, de forma anual.
É neste sentido que surge o apoio da SIBS à Jornada de Sustentabilidade das Empresas. A SIBS está a desenvolver um projecto que envolve um grupo alargado de bancos nacionais, onde todas as empresas em Portugal possam reportar a sua informação ESG num único portal tecnológico. Esta abordagem evita a necessidade de as empresas enviarem informação distinta a vários bancos.
Assim, durante o primeiro semestre de 2024, a SIBS vai promover várias sessões de formação que explicarão às empresas como preencher os questionários, ajudando-as a identificar, numa fase seguinte, os processos, políticas, práticas e indicadores que deverão conseguir desenvolver para poderem apresentar um nível de gestão sustentável que aumente a respectiva competitividade.
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