PL: Qual o peso da exportação para a vossa empresa e qual a diferença para com o mercado interno?
SS: Tendo sempre por base a valorização do artesanato e know-how português, desde o seu início que a Royal Stranger se revelou naturalmente uma marca muito internacional. Isto reflete-se na dimensão da nossa carteira de clientes, parceiros e contactos estrangeiros, assim como em todos os eventos internacionais em que temos estado presentes. De facto, 90% das nossas vendas são realizadas para o mercado externo.
No entanto, é de notar que nos últimos anos, o mercado interno tem vindo a demonstrar cada vez mais abertura. Este fenómeno tem-se refletido no aumento do número de vendas a clientes nacionais, assim como em novas parcerias estabelecidas com entidades e empresas portuguesas.
PL: A preocupação pelo Ecodesign e a economia circular é, cada vez mais, uma constante. É fácil seguir estes movimentos?
SS: Tentamos, desde sempre, cumprir esta premissa porque é algo que temos como base e como princípio. Todas as nossas peças são desenhadas e pensadas para que possam ser reparadas, estofadas, etc.
Quando as peças têm algum dano provocado por uso, incentivamos o cliente a enviar a peça para nós, para que seja reparada, evitando o desperdício, e fazendo com que o cliente se apaixone novamente pela peça.
Além disso, evitamos o uso de colas e optamos por encaixes e outros sistemas de fixação. Procuramos, investimos e usamos, cada vez mais, produtos naturais e que têm princípios idênticos aos nossos.
PL: Se tivesse que descrever os maiores desafios e os momentos mais gratificantes de trabalhar nesta área, quais seriam?
SS: De momento, o nosso maior desafio são mesmo os custos de exportação. Os preços dos transportes são consideravelmente altos, tendo em conta que 60% do nosso volume de negócio se destina à exportação para os EUA. Além deste aspeto, temos também outro tipo de desafios, como é o caso da entrada da marca em novos mercados: existem, países, regiões e culturas em que as nossas
ENTREVISTA / INTERVIEW
.18 | NOV.
" (...) nos últimos anos, o mercado interno tem vindo a demonstrar cada vez mais abertura. (...) aumento do número de vendas a clientes nacionais, assim como em novas parcerias estabelecidas com entidades e empresas portuguesas. "