PL: As suas criações são verdadeiras peças de arte. Qual a sua fonte de inspiração?
SS: Definiu-se, desde o início da marca, que a linha de pensamento e de desenvolvimento das peças iria ser baseada em conceitos fortes. Os anos 20 e a Arte Deco, por exemplo, além de sempre presentes na essência da marca, destacam-se particularmente nas primeiras coleções. Como fontes de inspiração importantes e bases para o desenho das nossas peças devo referir a arquitetura (naturalmente e inevitavelmente, por todo o nosso background), a arte, a joalharia, o cinema e a natureza. A nossa intenção é que estes conceitos de criação sejam mantidos, mesmo os que não se têm encontrado tão diretamente presentes nas últimas peças, pois também são parte da essência da marca. Os nomes que consideramos serem as nossas principais referências não posso deixar de mencionar India Mahdavi, Zaha Hadid, Sejima, Nadir Afonso, Charles & Ray Eames, Le Corbusier e Tim Burton (este último, referência cinematográfica, mas com significativa influência nas nossas peças).
PL: Quando idealiza uma peça o que é mais importante, a funcionalidade ou a estética do produto? É fácil balancear estas duas premissas?
SS: O nosso intuito sempre foi não dar destaque a uma em detrimento da outra. Na verdade, ambos os aspetos são prioritários para a Royal Stranger. A nossa formação é a arquitetura e isso reflete-se na nossa forma de projetar e na nossa lógica do conceito de desenho e de estética, aliados ao conforto e à experiência do utilizador. Este método de trabalho envolve, desta forma, um extensivo processo de pesquisa, de procura de inspirações e referências, de tentativa-erro (um processo que chega a levar, por vezes, anos), para que o resultado final represente a convivência máxima destes dois conceitos - o design e a funcionalidade. Na verdade, o próprio nome da marca funciona como uma personificação destas mesmas ideias. Royal, pelo uso de materiais de excelência, pela mão de obra com o máximo know-how e pelo serviço de alta qualidade: a oferta de uma experiência de aquisição e de conforto diferenciadora. Stranger, pelo modo arrojado de pensar o desenho e de criar as diferentes formas das peças, assim como pela escolha de cores ousadas: a diferença, marcada por um conceito e por um design tão únicos, que se reflete na própria experiência sensorial, uma experiência positivamente “estranha”.
ENTREVISTA / INTERVIEW
.16 | NOV.
" Como importantes fontes de inspiração (...) a arquitetura (naturalmente e inevitavelmente, por todo o nosso background), a arte, a joalharia, o cinema e a natureza. "