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Motores e motivos para concorrer à Associação de Estudantes
Tiago Sardo
Aqui e agora.
Sou o recém-eleito presidente da Associação de Estudantes, para este ano letivo de 2017/2018.
Antes das eleições, muitos me perguntaram para que é que me iria dar a este “trabalho”; para que é que iria perder tempo com uma coisa que não me trará “nada”, para além de “dores de cabeça”, ocupação de tempo útil e “chatices”. «Devias era preocupar-te em acabar o curso» - é uma frase que devo ter ouvido umas dez vezes (sem exagero) de diferentes pessoas desde que me decidi candidatar…
Nunca fui uma pessoa influenciável, pelo que estes “alertas” me entram por um ouvido e me saem pelo outro. Esta minha característica tem as suas qualidades e os seus defeitos, naturalmente.
Como se pode perceber, sou uma pessoa de ideias fixas, embora racional e ponderada. Mas sou também uma pessoa que aprende com os erros e com as más experiências, portanto tive que ponderar muito bem a decisão se haveria ou não de concorrer.
Já assumi a presidência de uma Associação de Estudantes no último ano do meu ensino secundário. A experiência não foi propriamente… positiva.
Desde cedo que a direção da minha escola me proibia de fazer as coisas, cortando qualquer intenção que eu tivesse. Quando não o faziam de imediato, diziam que iam analisar o processo e deixavam-me semanas à espera de uma resposta. Não fiz muito do plano de actividades que estava programado e fiquei a sentir que defraudei os meus colegas e lhes falhei, sendo que a “culpa” não era minha.
Era uma pessoa inocente, num mundo de “cínicos” e de promessas infundadas onde, constantemente, me “cortavam as pernas” e onde quem ficou “malvisto” fui eu.
Não foi algo “traumático”, mas garanti a mim mesmo que não me voltava a meter noutra. Mas, como em tudo na vida, nunca podemos dizer “desta água não beberei”.
Duas amigas minhas que transitaram comigo do Ensino Secundário para a Faculdade, sempre me incentivaram a voltar a candidatar-me e a minha resposta sempre foi “Não”. Até dezembro do ano passado.
Numa conversa com o vice-presidente em funções e, estando eu na AE como vogal do Desporto, surge a conversa da sucessão e de quem asseguraria o órgão máximo responsável pelos alunos. Comecei a pensar sobre o assunto. A ponderar. Decidi-me. Vou concorrer, MAS com uma condição: a pessoa que eu convidar para vice-presidente tem que “embarcar neste desafio” comigo e funcionarmos numa parceria quase perfeita.
"Seremos uma Associação de Estudantes para os estudantes"
Não vou entrar nisto “sozinho”, nem vai ser com uma pessoa qualquer, pensei eu… a escolha foi feita entre três possibilidades (um rapaz e duas raparigas). Os critérios foram simples: tinha que ser uma rapariga (para haver um toque feminino na tomada de decisões, já que, verdade seja dita, elas têm uma forma de pensar bastante própria e benéfica, na maior parte das vezes). Logo, o candidato masculino estava eliminado, para este cargo. Depois, foi escolher. Dou-me muito bem com as duas hipóteses, mas havia uma que me era especial. Pelo convívio, pela confiança, pela forma de pensar e de trabalhar comigo e pela disponibilidade que eu sei que ela sempre teria. Ela não seria uma trabalhadora compulsiva, mas seria aquela pessoa em que eu valorizaria a sua opinião, que me ajudaria na tomada de decisões complicadas e que eu sei que estaria lá quando as coisas começassem a ser difíceis. Foi assim que convidei a Tânia. A outra rapariga, Teresa Mosqueira, ficaria com o cargo de secretária-geral (3º posto mais importante) e o rapaz, João Ferreira, ficou como presidente da mesa da Assembleia-Geral, o único com um “poder maior” do que o do presidente da direção.
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