OPINIÃO
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Earth without art is just eh
Sofia Coroado
Arte
Pouco antes do semestre começar, fiz umas pequenas férias em Nova Iorque e, como não podia deixar de ser, para além de passear, contribuir para economia da cidade e emagrecer a minha conta, aproveitei também para cultivar um pouco mais a massa encefálica e visitei o MoMa(Museum of Modern Art).
O MoMa é considerado um dos melhores museus de arte moderna do mundo e celebra a criatividade, tolerância e generosidade. É um museu que tenta, acima de tudo, ser inclusivo e onde existem diversas posições culturais, artísticas, sociais e políticas. No MoMa, empenham-se em compartilhar a arte moderna e contemporânea mais pensativa e esperam que os visitantes se juntem na exploração da arte, das ideias e das questões do nosso tempo.
O museu situa-se na 11 West 53 Street, em Manhattan e está aberto nos sete dias da semana, das 10h30min às 17h30min e, no mês de Dezembro, abre exclusivamente a partir das 9h30min da manhã. No museu para além de existir a típica loja de merchandising, existem ainda restaurantes, distribuídos pelos três andares existentes.
Para além da coleção permanente, existem ainda várias exposições temporárias. Uma das exposições que me captou a atenção foi a Future Imperfect: The Uncanny in Science Fiction. Esta exposição, como o nome indica, estava ligada à ficção cientifica e ao futuro. Imagine uma série de filmes de ficção cientifica sem viagens espaciais, invasões de aliens e sem visões de um futuro distante. Imagine, em vez disso, um deslumbrante conjunto de filmes de ficção científica que se realizam inteiramente na Terra e no presente (ou perto do presente).
Em ficção cientifica, pelo menos nos filmes, existem sempre essencialmente duas questões: virão eles (os aliens) para nos matar ou para nos salvar? E o que significa, ao certo, ser Humano?
Apresentada em associação com The Berlinale and the Deutsche Kinemathek-Museum für Film und Fernsehen, esta exposição de 70 filmes de ficção cientifica de todo o mundo – 22 países incluindo Estados Unidos, União Soviética, China, India, Camarões, México e outros -explora a segunda questão: a nossa humanidade em todos os seus aspectos milagrosos, misteriosos e, talvez, incognoscíveis. Desde o início do cinema, realizadores diversos como Kathryn Bigelow, Rainer Werner Fassbinder, Kinji Fukasaku, Jean-Luc Godard, Barry Jenkins, Georges Méliès, Michael Snow, Alexander Sokurov e Steven Spielberg exploraram ideias como: pensamento, sensação e desejo; auto e outro; natureza e nutrição; tempo e espaço; amor e morte. Os seus filmes, partindo do nexo da arte, filosofia e ciência, ocupam a zona crepuscular limitada apenas pela imaginação, onde a humanidade permanece um enigma.
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Future Imperfect: The Uncanny in Science Fiction
"considerado um dos melhores museus de arte moderna do mundo e celebra a criatividade, tolerância e generosidade."