ATUALIDADE
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Standard & Poor’s reconsidera e eleva “rating” de Portugal de “lixo”
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João Ramos
A agência Standard & Poor’s (S&P), uma instituição com autoridade, que publica análises e pesquisas sobre bolsas de valores e títulos, retirou a notação de crédito de Portugal de “lixo”, no passado dia 15 deste mês, atribuindo-lhe um "rating" de investimento: de BB+ para BBB-.
A avaliação foi apresentada em base não-solicitada por esta agência que, depois de em 2013 ter ficado com o contrato com o Governo suspenso para reduzir gastos públicos, torna-se a primeira grande agência de notação a dar uma notação de crédito favorável a Portugal. Antecipou-se assim às únicas duas agências que têm contrato com o Estado Português, a Moody’s e a Fitch, onde o “rating” continua em “alto risco” mas com perspetiva favorável.
A decisão justifica-se por base numa estimativa de crescimento do PIB de “mais de 2%, em média” entre 2017 e 2020, o que compara com os 1,5% anteriormente previstos, que a S&P considera que permitirá “colocar o rácio de endividamento/PIB numa trajetória firme de queda”.
"A decisão justifica-se por base numa estimativa de crescimento do PIB de 'mais de 2%, em média' entre 2017 e 2020"
Para além disso, novas subidas no “rating” não estão fora de questão, se “a economia crescer mais do que o esperado, se o endividamento público cair de forma mais rápida e/ou se houver uma “redução substancial dos volumes de crédito malparado [em rigor, ativos não rentáveis] no sistema financeiro”, comunicou.
O presidente do Banco Central Europeu afirmou no dia 25 que esta subida de rating “reflete a melhoria da situação económica do país, mas também da zona euro”, acrescentando que “todos os Estados-membro beneficiam” da atual situação económica da zona euro, referenciando o efeito de “contágio” que se verificou noutros mercados europeus. “Quando um país está bem, ajuda os outros, e os outros ajudam-no. E é a isso que estamos a assistir”, sustentou.
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