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Editorial: Arte e política andam juntas?

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Quais os limites, se há limites, entre o estético e o político-social? Tensionando gêneros, navegando entre o objetivo e o subjetivo, as resenhas deste PoliticArs trazem objetos artísticos que refletem sobre a ditadura militar no Brasil, pautas feministas, arte dissidente, o graffiti do menino sírio (na Alemanha, em 2016) e as influências das redes sociais na vida cotidiana contemporânea. Longe de querer esgotá-las, trazemos nossa perspectiva crítica sobre tais obras, também elas críticas.

A partir de Leminski, Foucault, Calabrese, Goodman, Garramuño, Tolstói, dentre outros, discutimos os impactos estéticos e políticos que nos tocam nos trabalhos selecionados, enquanto sujeitos e enquanto críticos; como acadêmicos, diante de uma provocação de Jancleide Góes, para a disciplina de Leituras de Produções Artísticas, da Faculdade de Letras, da UFBa - tentamos decodificar e traduzir as relações possíveis dos dois campos que alguns quereriam distantes; e, enquanto consumidores e apreciadores dos objetos em questão, fruimos, cada um ao seu modo, com experiências distintas, as obras.

Convidamos leitoras e leitores a um mergulho em Queda Livre em Da Paz, Terra em Transe, O Conto da Aia e no mural de graffiti d’O menino sírio para pensarmos juntos: quando e por que são considerados arte? O uso da arte como estética de denúncias contra a crise humanitária em Lágrimas de anjos sem asas é abordado por Davi Lima. Em Quando o grito é arte? Juliana Fajardini reflete sobre o que nos faz reconhecer