Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 PDN 2018-2022_MASTER_vf_Volume 1_13052018 | Page 193

7.3 Eixo 3: Infra-estruturas Necessárias ao Desenvolvimento XIV. Política de Transportes e Logística 331. A ELP Angola 2025 define o Mega-Cluster Transportes e Logística como uma das políticas estratégicas do Sistema Técnico–Económico. Este Mega-Cluster assenta na intermodalidade, apostando fortemente no sector ferroviário através de um sistema de transportes e de uma rede logística integrados e racionalizados, assentes na operacionalidade das actuais linhas férreas, na criação de plataformas intermodais e logísticas e na qualificação das rodovias que interliguem as linhas de caminho de ferro ou que sobre elas rebatam. O Transporte Marítimo e o Transporte Aéreo mantêm papéis fundamentais, respectivamente, nas relações norte-sul e nas viagens de passageiros a longa distância. Nas grandes concentrações urbanas deve surgir um transporte ferroviário de passageiros adequado às necessidades. 332. No quadro internacional, a política de transportes de Angola deve contribuir, também, para os objectivos da Agenda 2063 da União Africana, em particular, para a “conectividade das infra-estruturas que atravessam o continente Africano”, o que, no caso de Angola, se reflecte na rede rodoviária primária, nas ligações ferroviárias transfronteiriças e nas operações portuárias e transporte marítimo. Ao nível urbano, a Agenda determina que as políticas de transportes e logística devem contribuir para o “desenvolvimento de habitats modernos e habitáveis e serviços básicos de qualidade”. 333. No âmbito dos ODS definidos na Agenda 2030 das Nações Unidas, os transportes têm um papel relevante para o objectivo 11: “tornar as cidades e assentamentos humanos inclusiva, segura, resistente e sustentável, ao propor o fornecimento de transporte seguro, acessível e sustentável para todos, através da expansão dos serviços de transporte público”. A política de transportes deve ainda contribuir para os objectivos de sustentabilidade ambiental e combate às mudanças climáticas, em particular nas cidades e assentamentos humanos, o que implica modos de transporte menos poluentes e mais amigos do ambiente. 334. Neste contexto estratégico, a Política de Transportes e Logística estabelece objectivos a alcançar no período em referência em cada modo de transporte ou sub-sector, tendo como base a continuidade dos projectos e acções desenvolvidas na legislatura anterior (2013-2017) e define um conjunto de medidas transversais que se destinam a assegurar a qualidade do funcionamento do sistema: Sub-sector Ferroviário  Relançar a rede de transporte ferroviário, implementando as políticas de reorganização do sector superiormente aprovadas, promover a instalação de plataformas logísticas ao longo das linhas férreas, nos principais centros urbanos, visando a desconcentração do desenvolvimento industrial e da distribuição para as províncias, bem como o escoamento da produção agrícola para os centros urbanos, a construção de ramais ferroviários para as grandes indústrias (sendo a construção da responsabilidade do sector privado), complexos mineiros ou centrais de energia que sejam recuperados e ou iniciados ao longo das vias-férreas existentes ou a criar;  Elaborar o projecto executivo da rede prioritária para a ligação das três linhas de caminho de ferro entre si, com o objectivo de criar uma única Empresa Ferroviária Nacional e iniciar a sua construção;  Elaborar o projecto executivo para a construção do Monorail, em Luanda, e iniciar a sua execução. Sub-sector Aéreo  Dar continuidade ao reforço de capacidades e competências do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC) visando a garantia efectiva da regulação e segurança do sector aéreo em todo o País e 193