Paradidático - O Outro em Mim Paradidático - O Outro em Mim | Page 32
assim, se és amigo dele és meu amigo também. – disse Cortez olhando
fixamente e equilibrando o tom de voz. - Vou designar vocês todos para
uma vila, lá vocês ficaram até minha segunda ordem. O que pretendo
fazer nessa cidade é conquistá-la, o modo que faremos isso vocês iram
sabe quando for necessário. Até lá, se hospedem na casa de quem
quiserem, pois aqui eu mando e desmando. Não tenham medo, se
aproveitem das situações, se querem ouro, se quem mulheres, essas são
de vocês, somente não entrem em batalha aberta contra nem um
sacerdote ou soldado de prestígio.
Nisso, Cortez bateu palmas e os dois Otomitl entraram e colocaram
em movimento os 38 soldados de Cortez.
Desconfiança ao ar
Passaram se meses desde a chegada dos estranhos a ilha. O que
mais se ouvia eram boatos de todos os tipos, muitos diziam que eles
estavam ali para matar a todos, outros diziam que eram mensageiros dos
deuses, poucos achavam que eram apenas estrangeiros que estavam de
passagem. Amayal estava alerta, assim que os viu pela primeira vez indo
para a passagem elevada sua primeira ideia era de pegar seu irmão e
fugir o mais rápido possível. Naquele dia a 3 meses atrás, ele correu para
dentro de casa, avisou seu irmão para que reunisse suas coisas, mas
assim que abriu os potes onde guardava os mantimentos foi como um
golpe em seu coração. Não havia nada para que comessem, não havia
mantimentos, não havia como seguir viagem. Ele pensou em ignorar
aquilo, simplesmente sair correndo e depender da sorte dos deuses. Mas
aí ele se lembrou de seus sonhos, e analisou sua situação. Sinceramente,
aqueles sonhos até o momento não representavam nada. Correr em
direção a mata fechada, pântanos, animais, tribos rivais, doenças e